Religião: Boas Maneiras e Etiqueta I

Hoje: 25-04-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

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SITUAÇÕES ESPECIAIS.

Visita a um templo de outra religião, proselitismo entre colegas de trabalho, e lidar com restrições impostas por convenções religiosas criam situações especiais para a prática de Boas maneiras e Etiqueta.

Exageros. Uma pessoa religiosa e entusiasmada com sua fé costuma dar testemunho dela sem medir a impropriedade de suas manifestações principalmente no ambiente de trabalho. Certamente não pertence a Boas Maneiras tentar, com insistência e superioridade, converter os colegas à sua religião, estar a fazer citações amiudadas da Bíblia, cantarolar hinos, ou convidar todos a se darem as mãos para rezarem juntos antes do expediente. Expressões como “Se Deus quiser”, “Deus te abençoe”, “Deus de proteja”, “Graças a Deus”, e outras semelhantes se tornam vazias devido a automatização viciosa.

A pessoa que se sente compelida a louvar a Deus a cada minuto, não deve fazê-lo com proclamações a todos, mas no seu íntimo. Oferecer imagens ou ícones a protestantes, judeus ou muçulmanos pode ser considerado proselitismo indesejável e até ofensivo, por desconsiderar flagrantemente a norma de se respeitar a crença alheia, o que também exige do ateu não se empenhar em levantar dúvidas na mente de um crente, motivando, entre ambos, preconceito e distanciamento.

Abstenções. Fieis de algumas denominações protestantes não tocam em café, chá ou álcool. Muçulmanos não comem carne de porco ou seus derivados; comem a carne de aves e de gado apenas quando esses animais são abatidos de acordo com um ritual especial. Ao convidar, deve-se respeitar essas particularidades.

Visitantes. Aquele que, levado por alguma circunstância especial, visita um templo de outra religião deve informar-se sobre a participação de visitantes na cerimônia que assistirá e de como deverá comportar-se, p. ex., quanto ao uso de véus, o modo de saudação entre os participantes, o tratamento para com o oficiante, etc.

O estranho deve acompanhar os fieis em tudo que sua própria religião aceita ou tolera. Quanto ao que for contrario à sua própria crença, pode abster-se, mas deve mostrar sempre uma expressão de humildade e respeito – preferencialmente de cabeça baixa –, sem observar ostensivamente o ato do qual não participa ativamente. Um judeu que assiste a uma cerimônia católica inclina a cabeça em sinal de respeito enquanto os católicos fazem o sinal da cruz, embora ele próprio não o faça. Porém, quando a comunidade se põe de joelhos, ele deve ajoelhar também, pois isto é tolerável para sua religião e não ofende o seu credo, e apenas não é uma de suas práticas. O mesmo fará o católico em uma sinagoga, quanto a tudo que não ofender os seus dogmas de fé.

SERVIÇOS RELIGIOSOS.

O bom relacionamento entre fieis de credos diferentes mantém-se mesmo em situações delicadas como no casamento de noivos de religiões antagônicas, se procedimentos sensatos, que evitem ferir suscetibilidades, forem previamente estudados e solucionados.

Cerimônias ecumênicas. Em cerimônias públicas como inauguração de um negócio, abertura de uma loja, etc. deve-se proferir orações ecumênicas, que mencionem exclusivamente a Deus, sem referências a Santos e Profetas, ou a fatos ligados a apenas um dos credos representados no encontro. A oração que é proferida diante de pessoas de credos diferente não pode assumir nenhuma tendência religiosa, mas ser proferida em termos aceitáveis por todos.

Casamento inter-religioso. Casamentos entre fieis de religiões diferentes enfrentam hoje menos resistências que a meio século atrás. Podem ser realizadas duas cerimônias, ou uma cerimônia única, celebrada conjuntamente pelos ministros da religião do noivo e da noiva. Neste último caso o local do casamento costuma ser o templo da religião da noiva, devido à tradição da recepção do casamento ser responsabilidade da sua família. Decidir qual procedimento será adotado e obter em tempo as autorizações eclesiásticas pertinentes deve ser a primeira preocupação dos noivos no planejamento do seu casamento. O assunto e apresentado com maior detalhe em Casamento religioso

Padrinhos de batizado. Na cerimônia do batizado, os padrinhos precisam ser informados da igreja ou templo, e do horário previsto. O encontro deles com a criança e os pais na maioria das vezes e no próprio templo. Batizados mais solenes em horário especial requer indumentária melhor escolhida, não tão esmerada quanto um casamento a noite, porque os batizados são em geral pela manha e a tarde. Os padrinhos precisam ser orientados sobre o que deverão fazer, e as respostas que eles deverão dar durante a prece batismal. Outros aspectos relativos a Boas Maneiras e Etiqueta coloquei na minha pagina Batizado.

Pagamento de serviços. Inúmeros serviços religiosos nas igrejas cristãs devem ser pagos ao oficiante. Casamentos podem ter taxas fixas, relativas ao uso do templo, e tradicionalmente se dá uma gratificação ao celebrante. Nos demais serviços não taxados, espera-se uma contribuição voluntária quando há gastos por parte da Igreja tais como iluminação, limpeza, ou o deslocamento do sacerdote, quando o serviço religioso é prestado em residência, salão de um clube, etc. A bênção de uma residência, a celebração de uma missa, são em geral deixadas a critério da pessoa e esta pode saber de um funcionário do Templo qual a contribuição que em geral é oferecida ao celebrante em tais casos. Os serviços religiosos ortodoxos são em geral os mais dispendiosos, devido à maior pompa da sua liturgia, inclusive quando se trata da simples bênção de uma residência.

ASSUNTOS A EVITAR.

É boa norma de boa educação não fazer críticas jocosas a respeito da religião do outro. Boas maneiras recomendariam ainda mais: que se evitem certos assuntos que são perigosos de resvalarem para o preconceito.

É um desastre para um evento social a presença de pessoas que se consideram apóstolos e pretendem que estão ali para converter infiéis atraindo-os com convites para encontros religiosos. No entanto, será natural que um convidado se interesse em manter com outro uma troca de informações a nível cultural, sobre particularidades da religião de um e de outro.

O fiel de uma religião é sensível ao tom pejorativo ou preconceituoso com que alguém, de outra crença, aborda certos assuntos respeitantes à sua fé. Ao conversar sobre religião com alguém de outra crença, deve-se evitar assuntos que possam ser entendidos com sentido pejorativo, preconceituoso ou discriminatório. Considerando o respeito à autoestima do outro como preocupação fundamental de Boas Maneiras, deve-se evitar assuntos que signifiquem a intenção de diminuir o outro, desmerecendo sua religião. A pessoa que estiver curiosa sobre a religião do outro poderá indagar dele quais os dogmas ou aspectos da sua religião ele considera os mais positivos, e escutar com atenção a sua explicação. Ouvi-lo pode ser a oportunidade para aumentar sua própria cultura e a sua compreensão dos povos.

Os católicos se sentem embaraçados se lhes falam da Inquisição, pela qual o Papa João Paulo II pediu perdão em público na passagem do milênio da Era Comum. Deve-se evitar também falar da sua veneração às imagens e do celibato dos padres. Não perguntar aos ortodoxos porque não reconhecem a validade dos sacramentos católicos, já que a Igreja Católica reconhece, desde o Concílio Vaticano II, os da Igreja ortodoxa. Com os Protestantes, que também fizeram vítimas com sua própria Inquisição, evitar este assunto e também não comentar a grande quantidade de seitas e a variedade de denominações em que o Protestantismo se divide. Não perguntar aos judeus porque, afinal, mataram a Cristo, ou que coisa é “sionismo”, ou se a circuncisão é obrigatória. Com os muçulmanos, que igualmente praticam a circuncisão (embora mais por tradição que pela religião), também evitar esse assunto. Não comentar a posição das mulheres no mundo islâmico, um tema próprio mais para conferências feministas e não para um encontro social ou conversa em uma festa. A permanente Guerra Santa para exterminar os infiéis e a extração do clitóris das meninas são assuntos a evitar. Os muçulmanos mais esclarecidos explicam esses fatos como distorções da doutrina original que vigoram em comunidades retrógradas, e que não podem ser apresentadas como conceitos religiosos autênticos.

MÚSICAS RELIGIOSAS.

Grupos jovens que prestam ajuda à paróquia tocando e cantando no templo precisam de uma orientação do ministro quanto à intensidade do som, e a qualidade das músicas.

Grupos de jovens cantores e instrumentistas que prestam ajuda às paróquias e que por isso merecem todo o reconhecimento dos paroquianos, precisam de uma orientação do ministro quanto ao repertório de músicas , e também quanto à intensidade do som . Costumam cantar com toda a potência de suas vozes, e dão preferência a músicas extremamente barulhentas, o que é uma tendência natural nos jovens.

A musica, quando faz parte de uma cerimônia, é poderosa o bastante para impor ao evento um caráter em consonância com suas notas e o seu ritmo. A música impõe respeito, causa alegria ou causa tristeza; a música convida à reflexão, ou é sensual e induz paixão e permissividade.

Sem dúvida a música que chamo “sensual-devocional” – conhecida como gospel – está bem a propósito para cantar um alegre e ruidoso “Aleluia!”. Os ritmos sensuais – com letras devocionais–, parece-me que foram introduzidos na Igreja Católica pela corrente “progressista” e são, já há algumas décadas, aceitos com naturalidade por boa parte dos sacerdotes católicos (e muito antes já eram moda nas igrejas dos pretos americanos).

O aspecto de Boas Maneiras aqui é que tais músicas são tocadas em intensidade muito alta – para além dos 120 decibéis –, e levam a assistência a se agitar e acompanhar seu ritmo com remelexos das pernas e dos quadris, e acenos com os braços. Essa agitação devocional está, também, muito de acordo com outros artigos da sensualidade como roupas sumárias, carícias e beijos, e distrações como conversas particulares, ou a todo instante refazer o penteado, como vejo nas missas do domingo.
A beleza da musica exige moderação das vozes e do som dos instrumento; e o sistema de som deve ser ajustado nos graves e agudos diferentemente para a música e para a pregação, e tudo com intensidade permitida por Lei.

Na mais concorrida igreja do Lago Sul, a intensidade do som medida por mim, utilizando-me de dois decibelímetros (um com mais precisão para 0 a100, e outro mais preciso para 50 a 130 decibéis) foi, para o templo vazio, 20 a 30 decibéis (background local). Para o burburinho dos fieis antes da missa, 70 a 80 decibéis. Para os cantos durante a celebração, 100 a 110 decibéis. Para a prédica, 80 a 90, com piques de 100. O canto final, 110 a 120, com alguns picos de 124 decibéis. A medida foi tomada no último banco a mais ou menos 3 metros do último alto-falante suspenso.

Em outro templo do mesmo bairro, o badalar do sino ouvido de dentro da igreja ficou entre 90 e 100 decibéis; o burburinho das conversas antes da missa, entre 70 e 80; os cantos durante a missa, 90 a 100 decibéis com picos de 104. O povo respondendo às orações, intensidade média de 90 decibéis; o canto final variando em torno de 100, com picos de 104 decibéis. A medição foi feia na mesma posição da anterior (pesquisas em agosto e setembro de 2012).

O decibel equivale a 1/10 de um bel, que é a unidade para medir a intensidade do som. “Bel” corresponde ao nome do cientista americano Alexander Graham Bell, inventor do telefone.

A norma NBR 10152/1987 da ABNT – Agência Brasileira de Normas Técnicas – fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. Essa Norma estabelece para “Igrejas e Templos (Cultos meditativos)” 40 a no máximo 50 decibéis. No Site da UNEP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “Júlio de Mesquita Filho” (http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/acustica/textos.htm) encontra-se a tabela reproduzida abaixo, referente a um ambiente acústico insalubre:

REAÇÕES FISIOLÓGICAS CORRELACIONADAS COM NÍVEIS DE RUÍDO AMBIENTE

AMBIENTE ACÚSTICO REAÇÕES FISIOLÓGICAS
CLASSI-
FICAÇÃO
Ruído dB(A) LIMITES EXEMPLOS
Insalubre 70

Nível máximo em áreas industriais (NBR 10151).

Voz de professor ministrando aulas.

Ruas tráfego bem intenso até 1000 veículos/hora.

Nível de fala poluída por ruído e inteligibilidade limite.

Estresse degenerativa – infarto e anestesia por endomorfina.

Início de problemas nas cordas vocais.

Início de alteração no % de infarto.

Liberação da morfina endógena.

75  

Ruído de uma máquina de escrever.

Ruído de automóveis.

Limite para início de problemas auditivos permanentes.

80

Limite de exposição de trabalhadores de alguns países (Europa) sem proteção.

Ruído em ruas de trânsito intenso.

Ruído em ambientes industriais.

Ruído nos arredores de aeroportos.

 
85

Limite do Ministério do Trabalho para Jornada de 8 horas.

Nível de aspiradores de pó.

Nível do toque do telefone.

Nível de ruído do metrô.

Início da perda de audição induzida por ruído (PAIR), segundo o MTb.

90

Limite do Ministério do Trabalho para jornada de 4 horas.

Nível médio em discotecas.

Nível limite para atividades de lazer, com exposição de 4 h.

100

Limite do Ministério do Trabalho para jornada de 1 hora.

Nível de buzinas de carros, orquestras e de ônibus barulhentos.

Aumento de 50% de colesterol livre e 31% de cortisol.

110  

Nível de uma serra circular.

Buzina de ar comprimido.

Alto incômodo com o ruído.

115

Limite do Ministério do Trabalho para ruído sem proteção.

Avião (não a jato) a 4 metros.

 
120

Limite do MTB para exposição de impacto sem proteção proteção.

Interior de caldeiraria

Trovão forte.

Surdez neural, lesão das células ciliadas.

125  

Nível de um martelete pneumático.

 
130

Limite do MTB para exposição a ruído de impacto sem proteção

Avião a jato em voo.

Limiar de dor.

140

Risco de PAIR de impacto

Avião a jato (4 motores) a 6 metros.

Ruído de sirene industrial

(Divulgação do MT)

OS CLÉRIGOS.

Embora seguir seu código litúrgico seja a maior preocupação do clérigo, certos aspectos fora da liturgia, que se relacionam a Boas Maneiras podem ser legitimamente criticados pelos fieis.

Os fieis de qualquer religião têm sua obrigação de demonstrar estima e inexcedível consideração. pelos clérigos de sua Igreja. Infelizmente, porém, quase todas as paróquias têm em sua história registros de desentendimento e insatisfação dos leigos, tendo como resultado a remoção de ministros e sacerdotes, por iniciativa deles próprios ou por pressão da comunidade. Além desses mais graves, há muitos casos de querelas entre acólitos, entre membros de irmandades, entre religiosas e suas superioras, etc.

Obviamente, não se pode buscar apenas na falta de polidez e educação as causas desses desentendimentos. Há causas as mais variadas. Procuro limitar-me a aquilo que possa pertencer legitimamente ao campo de Boas Maneiras e Etiqueta.

E – ainda obviamente –, não escrevo para sacerdotes, rabinos ou ministros de elevada erudição, porque quando se trata de religiosos educados em excelentes seminários, a nível universitário e pós-universitário, eles com certeza possuem conhecimentos que incluem os aspectos envolvidos no bom relacionamento social.

Mas existem aqueles pastores e religiosos que saíram do meio do povo menos culto, e cujo preparo não inclui mais que a leitura e a interpretação dos livros sagrados de sua religião. Com certeza, lições de Boas Maneiras e Etiqueta lhes serão muito úteis, para que possam também por essa forma angariar a simpatia e admiração de seus seguidores. Vão abaixo algumas notas, específicas em relação ao comportamento dos clérigos – adicionais às generalidades apresentadas acima dirigidas aos leigos. Cabe ao clérigo demonstrar:

  1. Interesse pela qualidade do ambiente no que diz respeito ao conforto dos fieis. Coordenação das tarefas de manutenção do templo, garantindo sua limpeza, a conservação do mobiliário, e uma boa ventilação;
  2. Iluminar as áreas ao redor do templo, cuidar da manutenção de um jardim, criar um estacionamento, e construir uma via de acesso até a porta principal, para o motorista deixar ou apanhar passageiros idosos ou deficientes;
  3. Empenho em proporcionar aos paroquianos todos os serviços religiosos inclusive os que não são propriamente litúrgicos como, por exemplo, reunir-se com padrinhos às vésperas de um batizado, ensaiar o ritual do casamento com os nubentes e demais figurantes; ou a orientar um cerimonialista pago pelos noivos para essa tarefa;
  4. Dar qualidade literária a suas prédicas, e trabalhar para desenvolver os seus temas para além da simples e monótona repetição das palavras do evangelho e das leituras feitas na celebração. Evitar os surrados chavões de condenação dos fieis, que recheiam os sermões medíocres;
  5. Não utilizar ficção, teatro, recursos de retórica ou quaisquer meios com a finalidade de provocar exageros emocionais, histeria e manifestações de fanatismo entre os fieis;
  6. Evitar que as cerimônias e eventos realizados no Templo sejam barulhentos. Estarem atentos com respeito ao funcionamento do som, acertá-lo para níveis moderados, e providenciar a troca dos equipamentos quando necessário.
  7. Na homilia, deve levar em conta de que pregar no interior do templo não pode ser como se pregassem para uma multidão em uma praça ou em um descampado, e dar à voz estabilidade e altura moderada, sem exagerarem em “vivas” e palmas, o que causaria desconforto aos fieis.
  8. Usar normalmente os sinos da igreja apenas em horário diurno, porem sem abuso de decibéis, e silenciá-los ou reduzir ao mínimo sua intensidade no horário noturno;
  9. Conseguir, principalmente para as celebrações mais concorridas, que um voluntário esteja à entrada do templo para dar orientação aos fieis, distribuir mais rapidamente os folhetos de leitura e canto, encaminhá-los para assentos ainda vagos quando o templo estiver repleto, ajudar os pais em dificuldade com uma criança, dar informações e toda atenção que possa despertar nos fieis alegria pela consideração que recebem;
  10. Cumprir os horários; não reter os fieis com prolongamentos desnecessários do ritual, do sermão, dos avisos, etc.;
  11. Ensinar a adultos e crianças, através de palestras ou em notas inseridas nos sermões, o comportamento na Igreja e em suas dependências, colocando avisos permanentes nos locais adequados sobre os itens a serem observados;
  12. Dispensar atenção às crianças através de um programa integrado que as entretenha e lhes dê familiaridade e gosto em frequentar o templo, e facilite os pais a presença ao culto;
  13. Não pressionar um membro da comunidade a ter participação social ou financeira maior que aquela que ele desejar prestar;
  14. Manter a transparência em relação à provisão de recursos feita pelos fieis e as despesas do templo. Não desviar recursos para finalidades fora dos interesses da sua circunscrição, sem que haja conhecimento e consentimento dos fieis a respeito;
  15. Não se identificar com grupos de poder , corrente política ou elite financeira na comunidade, criando nos mais humildes o temor de abordá-lo e o hábito de cumprimentá-lo à distância;
  16. Conversar com cada indivíduo considerando seu nível cultural e respeitando seu nível de entendimento;
  17. Empenhar-se junto às autoridades por melhorias nas condições de vida da comunidade, principalmente em benefício dos mais pobres e das minorias sociais.
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Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 03-11-2006.

Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Religião: Tolerância Religiosa. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2006.