O Mundo Transcendental

Hoje: 05-05-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

Vários cientistas de peso aderiram a fé em um Criador à medida que reconheciam cada vez mais evidente a incapacidade da ciência de formular hipóteses que não fossem desmentidas por fatos comprovados pela própria ciência. Não disponho aqui de espaço para inserir uma longa lista, mas acho que pela sua enorme projeção, Albert Einstein basta. Ele se declarava ateu, quando começou suas pesquisas astronômicas, mas, pelo meado do século XX, já havia se convertido, quando disse: “a harmonia da lei natural… revela uma inteligência de tamanha superioridade que comparada a ela, todo o pensamento sistemático e ações dos seres humanos se tornam uma reflexão totalmente insignificante”.

Albert Einsten esquivou-se de fazer qualquer afirmação sobre existência de vida após a morte e de um mundo transcendente, dizendo apenas que acreditava no Deus cuja existência a natureza testemunhava. Segundo ele, esse Deus não se ocupava dos homens e nem era uma pessoa.

Ao deus de Einsten, evidentemente faltava a misericórdia infinita, além de outros predicados que são atributos do Deus verdadeiro, que se preocupa com os homens e responde às suas súplicas individuais.

Colocada essa discordância com respeito a Deus, na concepção de Albert Einsten, podemos acreditar que o Criador nos supre com um modo de superar essa lacuna deixada pelo grande astrônomo e matemático, que nos permite conhecer a existência espiritual de seres que não são parte do meio físico, mas pertencem a um mundo sobrenatural. Esse modo consiste em atentarmos para nossas inspirações, visões e milagres, que sentimos como reais, mas ao mesmo tempo são inexplicáveis para nós. Nelas poderemos encontrar uma ligação ao sobrenatural da qual não poderemos duvidar.

Um grupo de renomados médicos americanos, se reuniu para escrever um livro com os relatos de fatos assim, que não tinham como serem explicados, senão como fatos sobrenaturais acontecidos em suas clínicas. Reuniram suas experiencias no livro “Miracles we have seen” (Healeh Communication, Inc.Deerfield Beach, Fl. (US) 33442-8190).

Para exemplificar o conteúdo desse livro, tomei a liberdade de destacar dois relatos que se seguem.

O homem vestido todo de branco:

Eu era um residente no Midwest Childrens Hospital, de plantão na UTI. Um paciente quase afogado com pneumonia foi admitido, devido a inalação de água da piscina, do que resultara uma severa falta de ar. O raio X do peito mostrou uma área inteiramente branca, indicando que todos os espaços para o ar, estavam completamente preenchidos de fluido. Depois de estabilizar o paciente com um tubo respiratório de um ventilador mecânico (máquina de respiração), sedação, oxigênio e fluidos, eu e o estudante de medicina que trabalhava comigo aquela noite, sentamos com a família para saber o que havia acontecido. O menininho havia caído no lado mais fundo da piscina, em uma reunião de família pela tarde, e nenhum dos presentes sabiam nadar. O estudante de medicina perguntou quem havia tirado o bebê da piscina, e uma criança 5 anos, sua prima, orgulhosamente anunciou excitada: fui eu! Confirmando, seu tio disse que havia visto ela trazer o bebê para a superfície, na parte rasa e para fora da piscina e o tio imediatamente aplicou CPR (ressuscitação cardiopulmonar). Nosso estudante de medicina ao de 5 anos, o que fez você ir pegar seu primo no fundo da piscina, uma vez que você mesma não sabe nadar. Ela respondeu excitada: isso foi fácil! O homem todo vestido de branco me disse para ir.

Ficamos surpresos com sua resposta. Nossa surpresa continuou a noite quando observamos como o paciente melhorou rapidamente, depois de ter dado entrada inteiramente sem responder e com uma depressão respiratória severa. Durante a noite, nosso paciente facilmente se desfez do oxigênio e do ventilador. Estava brincando no berço, falando, inteiramente de volta ao normal. O raio X estava também normal, nenhum traço de fluido. Impossível!

Essa manhã na ronda. O estudante de medicina descreveu para o time o que a prima afirmara e como estávamos espantados com a miraculosa melhora do paciente. Ao final da ronda, nosso médico supervisor disse: “ótimo, ele pode ser transferido do atendimento intensivo para o solo. É preciso certificar que a família tenha lições de natação, de modo que da próxima vez, nós não precisaremos de depender dos anjos para salvá-lo.”

Não sei se o comentário do supervisor sobre o anjo era sincero ou sarcástico, mas até hoje eu não tenho uma explicação melhor para o que aconteceu na piscina e em seguida.

Cura da hidrofobia:

Os fiéis em uma igreja ficaram assustados com um morcego que voava sobre suas cabeças. Um deles derrubou para o chão; uma adolescente, Jeanna com pena do bichinho, quis ajudá-lo, pegou pela asa para levá-lo para fora. No momento de soltá-lo, foi mordida por ele no dedo indicador esquerdo. Um mês depois, Jeanna mostrou os primeiros sintomas da raiva: febre e visão dupla. Ela foi levada para o hospital onde começou ater convulsões no braço esquerdo. Jeanna estava cada vez pios, ela foi então mudada para o hospital Universitário. Nesta noite, começou a salivar abundantemente. Foi colocado um tubo ligado a uma máquina de respiração artificial.

A vacina antirrábica protege quem é mordido ou que se expõe de algum modo ao vírus da raiva, mas não que já mostra os efeitos da mordida, como Jeanna. Decidi usar uma droga nunca ainda usada em humanos, esperando que este anestésico protegesse seu cérebro enquanto seu corpo lutava contra a infecção.

A ideia era simples, por que não fora posta em prática antes? Eu expus à família da paciente que concordou com o experimento pensando nos milhares de vítimas que poderiam ser salvos se o esquema funcionasse. Enquanto eu escrevia um plano para o tratamento de Jeanna, um padre em roupas civis, perguntou se podia entrar e rezar junto a enferma, eu concordei e providenciei para ele todos os recursos para evitar que se contaminasse: luvas, máscaras, avental, cobertura para os sapatos e capuz para a cabeça. Poucos minutos depois ele voltou, agradeceu e se foi. Eu ainda estava escrevendo, quando apareceu um pastor da igreja onde Jeanna fora mordida e pediu para orar junto dela. Eu lhe disse que um padre já fizera isto, mas que n´s precisávamos de todas as orações que fossem feitas por ela. Dei os mesmos equipamentos protetores. Ele então perguntou qual foi o padre que estivera lá antes dele e a enfermeira antecipou “Nosso Bispo Dolan”. Então ao contrário do sofrimento dos doentes de raiva naquele estado, nos dias que se seguiram nada de novo ocorreu. Os sintomas imediatamente melhoraram, as papilas de seus olhos votaram a reagir à luz, mas ela continuava inteiramente paralítica e isso me alarmou, porém, um outro médico que a viu me avisou que ela regia normalmente a batida no joelha com seu martelo utilizado para reflexo nas pernas. Fui verificar e de fato ela reagiu com os movimentos reflexos normais. A partir desse dia, Jeanna foi se recuperando mais de pressa, passando da completa paralisia à capacidade de andar novamente, conversar e se alimentar sozinha. Ela voltou a estudar com um professor particular no verão e na escola no outono seguinte como uma garota normal. Sua cura com a terapia experimental deu aos seus pais a filha de volta, talvez porque eles haviam pensado que se ela fosse curada muitas outas vítimas da doença também seriam salvas no futuro. Foi a primeira pessoa a ser curada da raiva no mundo.

Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 19-04-2024.

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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – O mundo transcendental. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2024.