Os Pilares da Maturidade

Hoje: 20-04-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

O sentimento de empatia entre as pessoas, quando o que prevalece é a simpatia e não existe uma antipatia de raiz preconceituosa, é um importante pilar da maturidade. Um indivíduo que, na opinião de muitos, é uma pessoa madura mostra ter grande sentimento de justiça originada da empatia pelas partes litigantes.

Essa opinião é comum a várias páginas que tratam o assunto da maturidade em sites da internet, serviria, talvez, para o início dos estudos e das pesquisas sobre maturidade. Essa tarefa caberá à psicologia, mas pelas implicações que possam ter com a neurofisiologia, será objeto também da psiquiatria.

Outro pilar é o “discernimento” que é a aptidão para perceber em qualquer questão qual o seu âmago, o seu essencial, aquilo que é sua essência, e enxergar nela também o que é secundário. O discernimento é, obviamente, imprescindível ao conhecimento do todo e de suas partes. A pessoa que não é madura, pobre em discriminação, poderá tomar uma parte do todo como sendo o todo, ou ver o todo sem considerar suas partes. Um indivíduo que, na opinião de muitos, é uma pessoa madura mostra ter grande aptidão para o discernimento.

Um terceiro pilar é a “determinação”. Aptidão mental que tira o ser da inércia e lhe dá ânimo em cada ação (grande ou pequena). Um indivíduo que, na opinião de muitos, é uma pessoa madura mostra ter grande força de determinação.

Um quarto pilar é a “busca da dominação”, outra força da mente que não se reduz a nenhuma outra faculdade. A demarcação de áreas de domínio é claramente visível em vários animais. Existir já é em si mesmo um modo de domínio em relação a ter um espaço entre as coisas. 

O filósofo John Locke salientou em seu Tratado que, no seu estado natural, o homem é senhor de sua própria pessoa, e de suas coisas, e não está subordinado a ninguém, mas está sujeito à ameaça dos outros, pois no estado natural um é rei tanto quanto os demais, de sorte que o desfrute da propriedade não seria tranquilo. Por conseguinte, o grande e principal fim que leva os homens a se unirem em estados e a se porem sob um governo, é a preservação de seu domínio.

A fome de domínio, que fundamenta a sociabilidade, é também uma mola para o engrandecimento pessoal. Um indivíduo que, na opinião de muitos, é uma pessoa madura, mostra ter grande aptidão em controlar sua necessidade de espaço e seu domínio social.

Há algumas décadas passou-se a falar muito em inteligência emocional. Ocorre que as emoções resultam da química do sistema associativo dos neurônios no cérebro e, portanto, são biológicas em sua origem e responsáveis pelas escolhas da mente, que, nesse aspecto, funcionam como o cérebro de todos os animais, como reflexos, como subconsciente da mente humana, como instinto animal. Essa inteligência contabiliza os comportamentos, os juízos e as escolhas que são feitas sem a censura da razão, porém a razão pode interferir no sentido de corrigi-los, como afirma Aristóteles. Submetidas à razão as inclinações assumem um caráter de decisões conscientes do homem.

Veja, por favor, a página vinculada: “Universais, Funções, Aptidões e Ideias Inatas

Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 07-02-2022.

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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Os pilares da maturidade. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2022.