Pensamentos Esparsos

Hoje: 24-09-2023

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

Esta página contém textos breves, relativos a temas variados, com os quais procuro instigar os leitores a desenvolver sua consciência de valores, no sentido do aprofundamento da sua maturidade pessoal. Algumas notas são pensamentos sobre questões que ainda são mistérios e dúvidas para nossa compreensão; algumas outras são críticas ao que me parece prejudicial para nossa imagem diante das nações mais desenvolvidas do mundo.

(O plano de fundo é uma aquarela de Jeannine Cobra.)

Na Política
Cartilhas de Imaturidade dos Governos

Se desejar saber com certeza o que é a “imaturidade coletiva”, o leitor poderá começar por ler algum dos volumes da “Cartilha de Imaturidade das Instituições Públicas dos Governos da República Federativa do Brasil. A atual parece que suplantará a qualquer outra das editadas desde os primórdios de nossa história. É a mais rica, mais completa e também a mais divertida das várias, deixadas pelos governos anteriores. Tem um encarte especial sobre a “Convenção dos Imaturos realizada em 22-04-2020”, já publicado em todas as mídias.

R.Q.Cobra

Ideia de Brasil

Todo brasileiro sabe que o Brasil é visto no exterior como um país atrasado que, no entanto, é muito alegre, e onde o povo é festeiro e feliz, dança o samba e joga o futebol, e na primeira semana de convívio com um estrangeiro visitante, é muito hospitaleiro. Mas no concerto das nações, ninguém leva a sério um país que nunca teve um prêmio Nobel, nem mesmo nos campos de menor prestígio desse prêmio. Tornou-se recentemente o líder mundial da corrupção, mas já vai se esquecendo desse galardão.

Emendas Parlamentares

Sempre achamos normal que, por meio de “emendas individuais” feitas à proposta orçamentária da União, parte das verbas anuais fosse parar nos bolsos dos deputados ou senadores, para a construção de estradas , saneamento, postos de saúde e pontes em seus feudos eleitorais. A mim, isto sempre causou um certo desconforto. É injusto e criminoso que um município receba verbas e outro ‒, que não tenha a simpatia de algum parlamentar ‒, continue com esgoto a céu aberto. Alem disso, apesar do gasto com os milhares de funcionários encarregados da “fiscalização” do dinheiro doado, as obras que os parlamentares prometem a seus eleitores nas campanhas eleitorais nunca existirão, ou nunca serão acabadas, como é mostrado no noticiário das prisões dos corruptos que ocorrem diariamente. O “crime das emendas” é praticado pelo Governo na mesma linha de motivos pelos quais ele presenteia partidos políticos com ministérios e estatais: a necessidade de comprar apoio dos “cabeças hediondas” do Parlamento. Ao fim de 2019, como de hábito, os senhores deputados e senadores brigaram pelo aumento da verba tão cobiçada das “emendas parlamentares”, mas o barulho não acordou os brasileiros do sono hipnótico em que vivem já por décadas.

R.Q.Cobra

ADENDO: O General Augusto Heleno Ribeiro Pereira expressou pensamento semelhante ao desta página ‒ quanto ao aspecto particular do prejuízo que representam para os Ministérios as emendas parlamentares ‒ em conversa acidentalmente divulgada em 18 de fevereiro de 2020. Espero que o General Augusto Heleno sustente com coragem sua posição para que esse acidente possa ser lembrado como o início do combate à prática nociva das emendas parlamentares.

O Juiz de Garantias

O pensamento socialista-comunista no qual nossa Constituição está vazada, e a impunidade que da Carta emana, tiveram origem no próprio caldeirão de corruptos em que foi gerada. Imaginem o que aconteceria aos réus se o tal “trânsito em julgado”, cuja finalidade “pétrea” é isentar o corrupto de ser preso até que o crime seja prescrito, fosse revogado! Sábios e precavidos, para se prevenirem contra esse desastre os “cabeças hediondas” já aprovaram a criação de mais uma instância, a dos Juízes de Garantias para “controle da legalidade nas investigações criminais, os quais, através de intrigas e de muita morosidade, poderão levar uma investigação a prolongar-se por décadas sem que haja condenação sequer na Primeira Instância. É extraordinária essa invenção porque nem a perda de elegibilidade haverá para o réu (Lei do colarinho branco), por não ocorrer julgamento e condenação. Apesar de que seja uma boa ideia a instituição dos juízes de Garantia, no Brasil ela não nasce no meio jurídico mas sim na Casa Grande da corrupção.

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Saudades do lago dos cisnes

“Quebrar o pescoço do cisne foi, para mim, o objetivo do Presidente Jair Bolsonaro quando nomeou o seu ministro das relações exteriores, contrariando as expectativas dos diplomatas que se acreditavam na vez. E parece que desejou o mesmo ao tentar nomear seu filho para a nossa representação em Washington. “Quer quebrar o estereótipo de nobreza e chiquê da belle carrière, pensei, trazendo-a à realidade de ser a simples carreira burocrática que ela é. O ex-chanceler Fernando Henrique Cardoso, quando Presidente da República, trouxe esse viés de nobreza e exclusividade para outras funções públicas que apelidou “carreiras de estado”. Com esse preciosismo envergonhou e humilhou os demais servidores delas excluídos que ele considerou simples serviçais, rebaixando seus salários, e chamou publicamente os aposentados de vagabundos (ou seja, sem nenhuma nobreza). Fazer o próprio povo compreender a problemática internacional e se manifestar a respeito com interesse e maturidade me parecia ser o que o Presidente desejava.

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Rodrigo Maia; os “cabeças hediondas” o incomodam.

Há apenas umas poucas semanas, em 25 de abril, eu comemorava solitariamente o primeiro ato oficial (a defenestração de uma propaganda gaiata do Banco do Brasil) indicando uma preocupação do governo Bolsonaro em mudar o retrato caricato do povo brasileiro por outro de gente séria, comprometida com um ideal de moralidade e progresso. Tivemos agora outra manifestação que reforça poderosamente a primeira. Desta vez foi o que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia disse em seu pronunciamento, ao fim da votação vitoriosa por uma nova Previdência, no dia 10 de julho: …”Eu, muitas vezes, fico ali acompanhando os discursos… E, a cada discurso que eu ouço, eu tenho cada vez mais .convicção de que a posição de reformar o Estado brasileiro é a posição correta.”(Parece que, nesse ponto, Rodrigo Maia reclama da falta de seriedade e de maturidade mental de alguns colegas e, para mim, está claro o quanto isto o incomoda)

“… Mas nós vamos precisar construir, daqui para a frente, uma relação diferente, em que o diálogo e o respeito prevaleçam em relação a qualquer tipo de ataque…

“Acho que uma Constituição com ratos, Deputada Fernanda, não é o que precisamos mostrar do Parlamento para o Brasil.(Palmas.)… O caminho é o respeito à posição de cada um dos deputados, para que possamos, mesmo na divergência, construir um Parlamento forte e construir uma agenda que de fato reduza as desigualdades e a pobreza neste País, para que ele volte a gerar emprego. Muito obrigado pela confiança de todos. Que Deus nos ilumine.”

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Ministros hediondos

A prática velhaca e criminosa de trocar ministérios pelo apoio no Congresso, entregando a máquina pública a pessoas incompetentes e corruptas, nunca foi criticada como forma imoral de governar. Porém, Governos assim podem ser chamados, sem perigo de erro, de “hediondos”. O governante faz o que quer, dependendo apenas de criar novos ministérios, e de trocá-los pelo apoio que precisar. Em nosso país, o Supremo Tribunal Federal, por incauto ou por respeitar o silêncio da Constituição, nunca se debruçou sobre esta questão de grande implicação moral, deixando que ela se consolidasse. Até recentemente o Brasil, preso a esta forma de fazer política, chegou a contar com mais de 40 ministros hediondos!…

Enquanto for governado por mera compra de votos, o Brasil continuará um país não confiável para os investidores, e o seu povo rebelde a todas as leis que o Parlamento hediondo aprovar.

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Está raiando a maturidade?

No dia 25 de abril de 2019 noticiou-se a proibição de um vídeo do Banco do Brasil, no qual a instituição representa o brasileiro em um caleidoscópio gaiato de narcisistas e anormais amalucados, convidando os jovens a se juntarem ao seu bando de investidores. Essa proibição tem um grande simbolismo, e precisa ser celebrada anualmente pelo povo brasileiro como o primeiro passo institucional − dado por um ato do seu presidente Jair Bolsonaro −, rumo à seriedade e à maturidade que, por séculos, nos tem faltado. Viva o 25 de abril! ‒ disse para mim mesmo.

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Coisas da Filosofia
O peso dos segredos

“Cada mentira carrega o peso da verdade que esconde, e cada verdade oculta torna – se um segredo. O peso de chumbo dos segredos confunde o pensamento e atormenta a alma. — Se você se sente à beira da loucura ‒ como afirma ‒ é porque esconde pesadíssimos segredos. Você me diz que promoveu um assalto, e também ludibriou muitas pessoas! Procure confessar esses crimes a um espírito superior, a um anacoreta santo; siga seus conselhos, e encontrará o perdão e a paz. Sem isto, viverá um eterno desespero” ‒ escreveu o ancião.

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Maturidade

Em um de seus aspectos − o poder de discriminação −, a Maturidade é a percepção das partes para melhor conhecer o todo; a Imaturidade é tomar uma parte pelo todo.

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Segredo do homem

O pensamento está traçado nas configurações neurais – o dano aos neurônios deforma o pensamento; o sentimento nasce da química dessas mesmas associações – cheirar uma droga, por exemplo, desorganiza o pensamento e desestabiliza os sentimentos do indivíduo. O mistério do homem está nessa transubstanciação de fenômenos físico-químicos em consciência de conceitos, imagens, e discursos, acompanhados de sentimentos como os de tristeza ou alegria – e isto representa um mistério que só Deus conhece.

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Nosso primeiro sentimento

“Perante qualquer coisa que de súbito nos afeta, não somos responsáveis por nosso primeiro sentimento – espontâneo e intuitivo -, mas somos responsáveis por, de imediato, submetê-lo à razão.”

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Pecados gloriosos

“O mundo de Segretti – pensou ele –, era certamente um daqueles enigmas que Deus nos coloca: deixa que o mal se cubra de esplendor!”

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O Homem inacabado

“O homem é um projeto acabado? ou está ainda a ser pensado? ou é um projeto incompleto, descartado e abandonado pelo Criador?”

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Prepotência dos anões

“Tudo que está em um universo infinitamente grande é, necessariamente, infinitamente pequeno. Então, por que o orgulho e a prepotência, se o universo infinito em que estamos nos faz a todos infinitamente pequenos?”

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Coisas da Ciência
Napes ou mantos

As famosas placas geológicas são mesmo placas? Não, não são, porque placas são porções rígidas de substâncias, tal como as placas de concreto, placas de bronze, placas de acrílico, de ferro, etc. As “placas” da crosta terrestre são plásticas, dobráveis, suas partes deslizam com velocidades diferentes, e portanto deveriam ser chamadas lençóis, ou capas, mantos, ou seria melhor que conservassem o nome que tinham antes do modismo das “placas”, quando eram conhecidas na geologia com o nome francês de “nappe”, que quer dizer toalha de mesa, que se deixa franzir em dobras.

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O Medo

Assim como os astrônomos materialistas foram surpreendidos por uma revisão nas contas relativas à idade da vida na terra, que mostrava que o tempo necessário para uma evolução a partir de uma célula formada ao acaso seria maior que a idade da própria terra, veio a surpresa dos psiquiatras quando constataram que os doentes que tinham fé se davam melhor nos tratamentos hospitalares que os que não a possuíam. É provável então que haja uma diferença também quanto ao medo, que seria menos paralisante entre as pessoas que confiam em Deus. “Mais e mais, em nossos dias os que eram incrédulos estão descobrindo o poder da fé” afirma o médico de Harvard Edward M. Hallowell, especialista em preocupações e suas consequências como medo, depressão, fobia social, ansiedade generalizada etc. em seu livro “Worry”, (First Ballantine Books, New York, 1998, p. 279).

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A fome de reconhecimento

O homem apareceu na terra como um devorador. As pessoas dirão que estou errado pois não consideram que comer educadamente em um restaurante, por exemplo, seja “estar devorando”. Mas pedir pelo “pão nosso de cada dia”, como na oração que lhe foi ensinada, é confessar-se essencialmente um devorador que quer ser reconhecido entre os vivos onde estiver e a todo momento, pelos valores que assumiu ter. Então se lhe falta esse reconhecimento entra em depressão e fenece como se lhe houvesse faltado o pão.

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O ensinar a ler tornando fácil

Ensinar a ler e escrever é o mais popular dos trabalhos sociais, superando até o da distribuição de sopa aos pobres. Mas ainda está muito longe de ter um resultado visível e deveras importante para o Brasil. O País conta com vários milhões de analfabetos distribuídos por todas as classes sociais em todos os Estados. Ainda é relativamente muito pequeno o número dos cidadãos empenhados em ajudar pessoas a alcançarem mais instrução, a fim de conquistarem mais respeito e integração social, e fazer o Brasil um País melhor. Qualquer pessoa bem instruída pode aprender a dar essa ajuda mas, primeiro, como aconselha Suzana Schwartz, (“Alfabetização de Jovens e Adultos”, Ed. Vozes Ltda, RJ 2010) “é preciso renunciar à simplicidade da visão de que os analfabetos são ignorantes, carentes, ingênuos, incompetentes, preguiçosos. É preciso enxergá-los como geralmente são, sujeitos inteligentes, que desenvolveram estratégias de sobrevivência em uma cultura escrita sem estar adequadamente instrumentalizados para isso, resolvendo problemas, vivendo, trabalhando e amando.” (P. 63).

Para ser aceito pelo analfabeto, geralmente uma pessoa muito humilde, o seu pretendente benfeitor necessita, mais do que ganhar sua confiança, ganhar também sua amizade, e por essa via descobrir o que aquela pessoa já aprendeu com o convívio humano e a vida em diversos ofícios de trabalho, através dos noticiários radiofônicos e televisionados, por viajar, pois é certamente um indivíduo permanentemente interessado em aprender. Essa descoberta da alma do seu aluno o educador precisa realizar, trate-se de uma pessoa ou de um grupo.

Quanto ao método, você não precisa mais que procurar o livro “Pedagogia do Oprimido” de Paulo Freire e, nos trechos divulgados na Internet encontrará exemplos práticos do seu simples e genial método, conectado ao cotidiano dos estudantes e às experiências que eles têm: exemplo, para ensinar a ler e escrever a palavra “tijolo”, projetava a figura de um homem fabricando e utilizando tijolos na construção de uma casa.

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Leitura meditada

Somente de um texto de primordial importância pode ser feita uma Leitura Meditada. É primeiramente o seu valor para um conhecimento específico que motivará a utilização das ferramentas próprias da Leitura Meditada: uma consciência pura, isenta de preconceitos para que possa ser ampla e justa no julgamento do texto como se este fosse abraçado com amor e é um esforço de entendimento sobre o que está escrito. Por isso é um exercício da razão de empenho da inteligência pela busca do verdadeiro significado. A meditação mergulha mais profundamente naquilo que foi lido, ela examina cada detalhe para fazer uma íntima reflexão.

A igreja católica recomenda que a leitura da Bíblia seja feita com a Lectio Divina, que é a Leitura Meditada.

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Bom-senso e Maturidade

É muito clara a diferença entre Bom-senso e Maturidade. No primeiro caso tomamos uma atitude valendo-nos da nossa intuição, e no segundo caso,  – a Maturidade-, utilizamo-nos de um raciocínio firmado em parâmetros específicos das nossas aptidões mentais, que amadurecem normalmente nas pessoas que chamamos maduras e amadurecem mal naquelas cujas atitudes as conduzem a ações desajustadas e desastrosas,  revelando que as suas aptidões mentais se detiveram em estágios inferiores da maturidade mental.

As aptidões mentais que estão somadas na maturidade são: Empatia – que leva ao amor ou ao ódio; Discernimento – que é a aptidão para perceber em qualquer questão qual o seu âmago ou essência, e enxergar nela também o que é secundário; Determinação – que é a aptidão mental que tira o ser da inércia e lhe dá ânimo em cada ação. A pessoa madura mostra ter grande força de determinação; Domínio – outra força da mente que não se reduz a nenhuma outra faculdade. Existir já é em si mesmo um modo de domínio em relação a ter um espaço entre as coisas. 

O filósofo John Locke salientou em seu Tratado (Editora Vozes, RJ, 1994) que o homem é senhor de sua própria pessoa, e de suas coisas, e não está subordinado a ninguém, mas está sujeito à ameaça dos outros. Por conseguinte, o grande e principal fim que leva os homens a se unirem em estados e a se porem sob um governo, é a preservação de seu domínio.

Uma pessoa madura, mostra grande aptidão em controlar sua necessidade de espaço e seu domínio social.

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O carinho faz a diferença!

O psicanalista René Spitz (1887-1974) praticou em Viena, Berlim e Paris em 1932, e em Nova York em 1938. Spitz tornou-se professor na Universidade do Colorado em 1956. Demonstrou que uma criança muito nova necessita afagos físicos reais para sobreviver. 

Escolheu, para suas observações, um impecável Orfanato de freiras para crianças rejeitadas, e o berçário de uma prisão de mulheres. Ao contrário do que era de se esperar, na prisão de mulheres, onde as crianças eram a fascinação das próprias mães encarceradas e de todos os funcionários da unidade prisional, seu desenvolvimento era tão acelerado e sadio que o problema era de como conter as suas manifestações de vitalidade e inteligência, em grande contraste com o Orfanato, organizado e limpo, onde as crianças mostravam um sensível retardamento em seu desenvolvimento mental e progressiva debilidade física. Uma epidemia de sarampo matou 23 das 88 crianças com idade inferior a 2 anos e meio. Das sobreviventes, apenas 2 começaram a falar e aprenderam a caminhar no espaço da pesquisa. Nenhuma aprendeu a comer sozinha e todas eram incontinentes.

Spitz concluiu que era a falta de contacto materno que minava o desenvolvimento das crianças do orfanato: O quadro contrastante dessas duas instituições mostrava a importância da relação mãe e filho para o desenvolvimento da criança durante o seu primeiro ano de vida.

“An Inquiry into the Genesis of Psychiatric Conditions in Early Childhood”. The Psychoanalytic Study of the Child, Vol.1 (1945): 53-74.

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Uma crítica aos Evolucionistas

O físico Stephen Hawking (Doutor em Física Teórica e professor na Universidade de Cambridge) mostra que é mais fácil prever o futuro de alguma coisa que a sua história passada, porque não sabemos de tudo que contribuiu para cria-la como a conhecemos no presente, mas o que conhecemos dela hoje permite predizer seu futuro com maior probabilidade de acerto. Não é crível que de um caos universal tenha resultado um universo organizado ao acaso. Hawking exemplifica com um jogo de quebra-cabeças montado dentro de uma caixa. Se agitamos a caixa e desfazemos o arranjo das peças, criamos um caos e seria muito difícil que a agitação das peças restaurasse o arranjo anterior. Segundo o professor Hawking, o exemplo dado ilustra a Segunda Lei da Termodinâmica (1824), que afirma que os sistemas evoluem para estados mais desordenados. Então o universo não veio de um caos, mas de um projeto.

Palestra de Stephen Hawking na comemoração do 25 aniversário dos Prémios das Asturias, transmitida pela TV em 12 de abril de 2005, assistida e interpretada pelo autor desta nota.

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Elegância no salão do aeroporto

Via-se na área de desembarque, com frequência, alguém com um buquê de flores, esperando a chegada de um voo.

Para os antigos, presentear uma pessoa muito estimada ou muito querida que chegaria de longe seria um prazer que tornaria o encontro inolvidável. Mas hoje é raro ver em meio à multidão alguém carregando um buquê de flores com essa finalidade. Certamente o que antes era comum e não chamava a atenção, hoje é objeto dos viciados em olhares irônicos e a risadinhas constrangedoras, e por isso o hábito de oferecer flores foi acabando. Havia toda classe de lembrancinhas também para as crianças que desembarcavam. Um presentinho que suscitava surpresa e alegria eram os lenços de cambraia que tinham estampado o mapa da cidade que o visitante desejava explorar.

O mesmo acontecia aos que partiam. Comprava-se uma lembrancinha na loja junto ao salão de embarque, e a loja mandava entregar ao passageiro já sentado em seu lugar no avião. A Panair e a Varig, deixaram de voar respectivamente em 1965 e em 2006; empresas que duvido o Brasil volte a ter uma igual.

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Ajuda no currículo

Mais uma sugestão para quem se sentir chamado a ajudar no desenvolvimento das pessoas: a montagem e encaminhamento de currículos! Um currículo bem-feito, legível e compreensível, encaminhado a empresas que trabalham com aliciamento de empregados, ou diretamente a potenciais empregadores, pode ser a diferença para quem necessite uma vaga. Por isso oferecer a alguém de pouco saber ajuda para lançar no papel dados convincentes sobre ela própria e, na entrevista, a falar com desembaraço do desenvolvimento pessoal que ela deseja e espera conseguir através do trabalho é, sem dúvida, algo de grande valor moral. Não se trata de oferecer fórmulas para o próprio interessado fazer o seu currículo; trata-se de trabalhar junto com ele, homem ou mulher, estudando juntos o que ele pode oferecer e o que ele sonha alcançar, e descobrir onde o documento deve ser entregue. Estimule o candidato que está aos seus cuidados a mostrar motivação, entusiasmo e maturidade. Crie uma forte credibilidade acompanhando-o na entrega do currículo. Vendo seu carinho e dedicação à tarefa social que você se propôs, o empregador poderá conceder ao seu candidato um estágio temporário, se não tiver a vaga de imediato. E não peça nada em troca dos seus serviços, ainda que seu candidato possa pagar, para que o valor moral de sua ajuda não se desvaneça e você não passe, afinal, de um esperto comerciante de textos na internet.

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Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 19-02-2019 e atualizada por último em 05-07-2023.

Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Esparsos. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2023.