Cristina da Suécia

Hoje: 20-04-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

Cristina (1626-1689) foi eleita rainha da Suécia antes dos seis anos de idade, e o país foi governado por vários regentes até que se tornou rainha aos 18 anos (1644); dirigiu o país na guerra dos 30 anos procurando terminá-la. Era admirada pelo desenvolvimento industrial e comercial que promoveu em seu país. Convidou importantes intelectuais estrangeiros, além de Descartes, para visitar a corte em Estocolmo, gastando grandes somas nesse capricho. Sua renúncia súbita do trono causou surpresa em toda a Europa. Renunciou por dois motivos: porque não desejava casar para dar um herdeiro ao reino da Suécia e também porque havia se convertido secretamente ao catolicismo, religião proibida na Suécia. Deixou o país no dia mesmo da coroação de seu sucessor, seu primo Carlos Gustavo X, em junho de 1654. Foi acolhida em Roma pelo Papa Alexandre VII e lá permaneceu por muitos anos em meio a promoções culturais e conspirações políticas, vivendo de recursos que recebia da produção de suas terras na Suécia. Ajudou o papa Inocêncio XI na guerra contra os turcos. Em seu palácio em Roma tinha coleções de pinturas e esculturas de artistas famosos, e o local tornou-se ponto de encontro dos mais conhecidos intelectuais, compositores e músicos famosos da época. Fundou em seus salões a Academia da Arcádia para filosofia e literatura, local em que o Padre Vieira defendeu um desafio contra outro jesuíta, o Padre Jerônimo Cataneo. Sua biblioteca hoje faz parte da Biblioteca do Vaticano e seu túmulo (faleceu em 1689) está na Basílica de São Pedro.

Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 00-00-1997

Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Queiroz – Cristina da Suécia. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 1997.