Discussão Racional da Homossexualidade

Hoje: 25-04-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

Esta não é uma página de filosofia, mas preciso expor um breve raciocínio, do qual pretendo tirar o argumento sobre a excepcionalidade do comportamento homossexual. Acredito que o leitor possa ter ele mesmo outros fundamentos ( religiosos por exemplo) para sustentar tal excepcionalidade. Eu, desejo basear fundamentar minha opinião a respeito em uma analogia com a vida na natureza.

Os biólogos e os etologistas – observadores dos costumes animais – sabem que as espécies podem desaparecer. Porém, não é normal que o seu desaparecimento aconteça por autoexterminação, isto é, por uma ação da própria espécie no sentido de se extinguir. A normalidade está na procriação para a sobrevivência e a perpetuação da espécie. Um comportamento sexual que leve à sua extinção – como é o caso da homossexualidade para as espécies heterossexuais –, não pode, portanto, ser um comportamento normal .

A sobrevivência do homem – pelos meios biológicos próprios da espécie –, depende do comportamento heterossexual. Consequentemente, para a espécie humana, o comportamento homossexual não é normal, uma vez que acarretaria o seu desaparecimento.

Meu pensamento será melhor entendido pelo leitor se ele atentar para os significados de homossexualidade e homossexualismo. Estas são duas palavras legítimas da língua portuguesa e figuram em todos os seus maiores dicionários com os seus respectivos significados. No Dicionário do Aurélio consta:

guei – {Do ingl.gay, ‘alegre’, ‘gaio’] Adj. 2 g. e s. 2 g.Diz-se de, ou pessoa homossexual, gay.”

“homossexual (cs)*. Adj. 2 g. 1. Relativo à afinidade, atração e/ou comportamento sexual entre indivíduos do mesmo sexo. 2. Que tem essa afinidade e esse comportamento – S. 2 g. 3. Pessoa homossexual (2). [Antôn. : heterossexual]”

homossexualidade (cs)*. S. f. Caráter de homossexual; homossexualismo, inversão. [Antôn.: heterossexualidade.”

“homossexualismo (cs)*. S.m. 1. Prática do comportamento homossexual; 2. V. homossexualidade.”

(*) parênteses do próprio Dicionário indicando a pronúncia do “x”.

Vê-se, pelas definições acima, que a homossexualidade não leva necessariamente a um comportamento homossexual. No entanto significa uma preferência sexual por um parceiro do mesmo sexo, e não há como afirmar que tal preferência seja normal, uma vez que ela é contrária à preferência pela sobrevivência da espécie.

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Não sendo a homossexualidade uma condição normal, como agirão os Educadores no trato com um aluno sexualmente excepcional na escola, e com a reação de seus colegas?

O assunto é muito delicado, devido ao risco de má interpretação. Abordá-lo, ainda que na melhor intenção, poderá ferir susceptibilidades e levar o Educador a um confronto com autoridades e com os pais do aluno excepcional.

Uma atitude vigilante e silenciosa, sem qualquer discriminação seria, provavelmente, a melhor posição. Todos os alunos devem ter um comportamento objetivo, no sentido do estudo e da aprendizagem, conforme as normas do estabelecimento, sem mostras de afetividade, em gestos e atitudes não condizentes com aquelas finalidades.

Nesta página, não vou além de colocar alguns pontos de vista meus, de modo muito breve, apenas para concluir estes comentários, esperando que eles possam ajudar o Educador a formar seu próprio julgamento da questão.

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Médicos e psicólogos têm sua opinião formada sobre as causas d a homossexualidade, e inclusive o leigo que se esforça por compreender a questão, também percebe que a prática homossexual decorreria de:

  • uma deficiência genética específica;
  • uma indução a essa anormalidade pelo exemplo ou por uma má educação;
  • carência de objeto afetivo normal;
  • sadismo;
  • simples concupiscência e deboche resultantes de um baixo coeficiente de desenvolvimento mental.

No primeiro caso, existe uma deficiência hormonal hereditária, responsável pela síndrome. É comum que na família do homossexual haja diversos casos de parentes com essa anormalidade, irmãos, irmãs e tios.

No segundo caso, o comportamento é induzido na pessoa por parentes, ou através do assédio de outros indivíduos, ou por exemplos a que é estimulado a seguir e a homossexualidade se torna uma experiência de prazer e recompensa afetiva a que o indivíduo se habitua. Aqui talvez atue, na primeira infância, o efeito de imprinting, um fenômeno tão conhecido na Etologia e na Psicologia Experimental.

O terceiro item refere-se à necessidade de um objeto de afeição, como acontece nos internatos entre crianças ou em condições de isolamento de grupos de pessoas do mesmo sexo – a homossexualidade não existe como parte da personalidade, e o homossexualismo nesses casos não é a preferência por um parceiro do mesmo sexo, mas apenas um comportamento episódico que será provavelmente temporário. E isto é importante para distinguir o verdadeiro homossexualismo daquele comportamento que nos internatos se costuma chamar de “amizade particular”, amor platônico, etc.

A quarta causa é o sadismo sexual de psicopatas, que os leva a satisfazerem sua crueldade humilhando pessoas mais fracas, com desfecho frequente em assassinato.

A quinta, talvez a mais importante na época presente, é a depravação moral de pessoas que se reúnem em grandes agitações, com muita música e consumo de drogas com a finalidade de chegarem com absoluta liberdade ao máximo de prazer, em todos os sentidos e por todos os meios que possam experimentar.

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A ideia das autoridades, muitas vezes expressa para o público, de que o homossexual será feliz com “o fim das manifestações de preconceito” me parece um pensamento enganoso. Muitos homossexuais gostariam de ser pessoas normais. Esta convicção me veio por saber que alguns procuraram espontaneamente tratamento psiquiátrico, e principalmente por ter presenciado um colega gay, na universidade, chorar desesperadamente lamentando sua condição. As ruidosas “paradas do orgulho gay” podem ser uma reação armada para afastar essa angústia que estaria subjacente na personalidade de cada um, dentro do próprio grupo.

Por isso eu penso que a coibição das manifestações de preconceito e homofobia, objeto de uma lei recente, deveria ser seguida de uma política pública de assistência médica e ajuda psicológica aos que delas precisam e as desejam, acompanhada de uma propaganda do Estado divulgando sua disponibilidade e gratuidade .Os interessados – agora sem temer o preconceito – poderiam buscar essa ajuda, clara e abertamente, sem nenhum constrangimento.

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Apesar da preferência que os meios de comunicação em geral têm pela expressão “casal gay”, a palavra “casal”, em meu entender encerra em seu significado a noção de heterossexualidade, e assim se aplica ao ser humano e aos animais, como em um casal de pombos, o casal de araras, um casal de coelhos, etc. Acredito que “par de gays”, ou apenas o “par” seria mais correto. As referências oficiais penso que deveriam ser “o par homossexual”.

“Casamento gay” é uma expressão empregada pela mídia mais popular, menos preparada. Nota-se nos meios de comunicação mais sérios o emprego de “união gay”.

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A adoção de crianças por pares homossexuais, que acaba de ser consagrada na Jurisprudência brasileira, também me parece merecer um comentário. De onde veio a certeza de que tal adoção não criará casos de homossexualidade induzida, uma vez que a criança poderá tender a imitar seus “pais”, além de que estará inserida na roda de seus amigos homossexuais, que terão também influencia sobre ela? E como se sentirá na Escola, diante dos colegas que têm pais verdadeiros, principalmente em ocasiões como os encontros de pais e mestres para debates de questões escolares? Some-se a tudo isso a problemática da própria adoção que já é por si mesma muito complexa, como procurei mostrar em meu livro As filhas adotivas. Acho difícil que submetida a tantas tensões, a criança adotada por um par homossexual possa desenvolver parâmetros normais de sexualidade e ser feliz.

Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 28-04-2010.

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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Discussão racional da homossexualidade. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2010.