Hoje: 13-12-2024
Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br
O “Como” é uma conjunção comparativa. Coloca-se à frente de uma oração subordinada adverbial comparativa, que expressa uma comparação com um dos termos da oração principal, uma figura de linguagem chamada “comparação” ou “símile”.
Ex: Ele tem estudado como um obstinado (estuda).
O símile tem que ser uma comparação curta, clara, incisiva, surpreendente e elegante, porque o conto é de leitura rápida, o símile tem um efeito de travagem, obrigando o leitor a se deter por alguns segundos na captação do sentido da comparação que é feita. Nada de floreados. A linguagem deve ser simples e a comparação, pela sua clareza, ser prontamente entendida e apreciada pelo leitor.
GRAHAM GREENE
Exercícios podem não ser muito úteis nas batalhas, mas eles formam o caráter. Do contrário, você tem… bem, gente como eu. – Olhou com súbito ódio para os sapatos: eram como a marca de um desertor. — Gente como eu – repetiu com fúria. (Greene, (1940) 2008. p. 215).
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— Sou o Parkis – disse, como se isso fosse o bastante para sua identificação. Acrescentou em seguida:
— O empregado do Sr. Savage (Greene, 1960, p. 40)
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Fez um gesto inacabado, como se quisesse acariciar o menino. (Greene, 1960, p. 97)
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— Quer se casar comigo?
O seu orgulho fez com que esta pergunta soasse como se estivesse indagando se eu gostaria de tomar mais uma xícara de chá. (Greene, 1960, p.149)
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Ele tornou a fazer aquele gesto de ternura frustrada, como um amante repelido. (Greene,1960, p. 100–101).
Rubem Queiroz Cobra
Página lançada em 21-11-2012.
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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Contos: o uso do “como”. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2004.