Pensamentos Esparsos

Hoje: 29-03-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

Esta página contém textos breves, relativos a temas variados, com os quais procuro instigar os leitores a desenvolver sua consciência de valores, no sentido do aprofundamento da sua maturidade pessoal. Algumas notas são pensamentos sobre questões que ainda são mistérios e dúvidas para nossa compreensão; algumas outras são críticas ao que me parece prejudicial para nossa imagem diante das nações mais desenvolvidas do mundo.

(O plano de fundo é uma aquarela de Jeannine Cobra.)

Cartilhas de Imaturidade dos Governos

Se desejar saber com certeza o que é a “imaturidade coletiva”, o leitor poderá começar por ler algum dos volumes da “Cartilha de Imaturidade das Instituições Públicas dos Governos da República Federativa do Brasil. A atual parece que suplantará a qualquer outra das editadas desde os primórdios de nossa história. É a mais rica, mais completa e também a mais divertida das várias, deixadas pelos governos anteriores. Tem um encarte especial sobre a “Convenção dos Imaturos realizada em 22-04-2020”, já publicado em todas as mídias.

R.Q.Cobra

Ideia de Brasil

Todo brasileiro sabe que o Brasil é visto no exterior como um país atrasado que, no entanto, é muito alegre, e onde o povo é festeiro e feliz, dança o samba e joga o futebol, e na primeira semana de convívio com um estrangeiro visitante, é muito hospitaleiro. Mas no concerto das nações, ninguém leva a sério um país que nunca teve um prêmio Nobel, nem mesmo nos campos de menor prestígio desse prêmio. Tornou-se recentemente o líder mundial da corrupção, mas já vai se esquecendo desse galardão.

Emendas Parlamentares

Sempre achamos normal que, por meio de “emendas individuais” feitas à proposta orçamentária da União, parte das verbas anuais fosse parar nos bolsos dos deputados ou senadores, para a construção de estradas , saneamento, postos de saúde e pontes em seus feudos eleitorais. A mim, isto sempre causou um certo desconforto. É injusto e criminoso que um município receba verbas e outro ‒, que não tenha a simpatia de algum parlamentar ‒, continue com esgoto a céu aberto. Alem disso, apesar do gasto com os milhares de funcionários encarregados da “fiscalização” do dinheiro doado, as obras que os parlamentares prometem a seus eleitores nas campanhas eleitorais nunca existirão, ou nunca serão acabadas, como é mostrado no noticiário das prisões dos corruptos que ocorrem diariamente. O “crime das emendas” é praticado pelo Governo na mesma linha de motivos pelos quais ele presenteia partidos políticos com ministérios e estatais: a necessidade de comprar apoio dos “cabeças hediondas” do Parlamento. Ao fim de 2019, como de hábito, os senhores deputados e senadores brigaram pelo aumento da verba tão cobiçada das “emendas parlamentares”, mas o barulho não acordou os brasileiros do sono hipnótico em que vivem já por décadas.

R.Q.Cobra

ADENDO: O General Augusto Heleno Ribeiro Pereira expressou pensamento semelhante ao desta página ‒ quanto ao aspecto particular do prejuízo que representam para os Ministérios as emendas parlamentares ‒ em conversa acidentalmente divulgada em 18 de fevereiro de 2020. Espero que o General Augusto Heleno sustente com coragem sua posição para que esse acidente possa ser lembrado como o início do combate à prática nociva das emendas parlamentares.

O Juiz de Garantias

O pensamento socialista-comunista no qual nossa Constituição está vazada, e a impunidade que da Carta emana, tiveram origem no próprio caldeirão de corruptos em que foi gerada. Imaginem o que aconteceria aos réus se o tal “trânsito em julgado”, cuja finalidade “pétrea” é isentar o corrupto de ser preso até que o crime seja prescrito, fosse revogado! Sábios e precavidos, para se prevenirem contra esse desastre os “cabeças hediondas” já aprovaram a criação de mais uma instância, a dos Juízes de Garantias para “controle da legalidade nas investigações criminais, os quais, através de intrigas e de muita morosidade, poderão levar uma investigação a prolongar-se por décadas sem que haja condenação sequer na Primeira Instância. É extraordinária essa invenção porque nem a perda de elegibilidade haverá para o réu (Lei do colarinho branco), por não ocorrer julgamento e condenação. Apesar de que seja uma boa ideia a instituição dos juízes de Garantia, no Brasil ela não nasce no meio jurídico mas sim na Casa Grande da corrupção.

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Saudades do lago dos cisnes

“Quebrar o pescoço do cisne foi, para mim, o objetivo do Presidente Jair Bolsonaro quando nomeou o seu ministro das relações exteriores, contrariando as expectativas dos diplomatas que se acreditavam na vez. E parece que desejou o mesmo ao tentar nomear seu filho para a nossa representação em Washington. “Quer quebrar o estereótipo de nobreza e chiquê da belle carrière, pensei, trazendo-a à realidade de ser a simples carreira burocrática que ela é. O ex-chanceler Fernando Henrique Cardoso, quando Presidente da República, trouxe esse viés de nobreza e exclusividade para outras funções públicas que apelidou “carreiras de estado”. Com esse preciosismo envergonhou e humilhou os demais servidores delas excluídos que ele considerou simples serviçais, rebaixando seus salários, e chamou publicamente os aposentados de vagabundos (ou seja, sem nenhuma nobreza). Fazer o próprio povo compreender a problemática internacional e se manifestar a respeito com interesse e maturidade me parecia ser o que o Presidente desejava.

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Rodrigo Maia; os “cabeças hediondas” o incomodam.

Há apenas umas poucas semanas, em 25 de abril, eu comemorava solitariamente o primeiro ato oficial (a defenestração de uma propaganda gaiata do Banco do Brasil) indicando uma preocupação do governo Bolsonaro em mudar o retrato caricato do povo brasileiro por outro de gente séria, comprometida com um ideal de moralidade e progresso. Tivemos agora outra manifestação que reforça poderosamente a primeira. Desta vez foi o que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia disse em seu pronunciamento, ao fim da votação vitoriosa por uma nova Previdência, no dia 10 de julho: …”Eu, muitas vezes, fico ali acompanhando os discursos… E, a cada discurso que eu ouço, eu tenho cada vez mais .convicção de que a posição de reformar o Estado brasileiro é a posição correta.”(Parece que, nesse ponto, Rodrigo Maia reclama da falta de seriedade e de maturidade mental de alguns colegas e, para mim, está claro o quanto isto o incomoda)

“… Mas nós vamos precisar construir, daqui para a frente, uma relação diferente, em que o diálogo e o respeito prevaleçam em relação a qualquer tipo de ataque…

“Acho que uma Constituição com ratos, Deputada Fernanda, não é o que precisamos mostrar do Parlamento para o Brasil.(Palmas.)… O caminho é o respeito à posição de cada um dos deputados, para que possamos, mesmo na divergência, construir um Parlamento forte e construir uma agenda que de fato reduza as desigualdades e a pobreza neste País, para que ele volte a gerar emprego. Muito obrigado pela confiança de todos. Que Deus nos ilumine.”

R.Q.Cobra

Ministros hediondos

A prática velhaca e criminosa de trocar ministérios pelo apoio no Congresso, entregando a máquina pública a pessoas incompetentes e corruptas, nunca foi criticada como forma imoral de governar. Porém, Governos assim podem ser chamados, sem perigo de erro, de “hediondos”. O governante faz o que quer, dependendo apenas de criar novos ministérios, e de trocá-los pelo apoio que precisar. Em nosso país, o Supremo Tribunal Federal, por incauto ou por respeitar o silêncio da Constituição, nunca se debruçou sobre esta questão de grande implicação moral, deixando que ela se consolidasse. Até recentemente o Brasil, preso a esta forma de fazer política, chegou a contar com mais de 40 ministros hediondos!…

Enquanto for governado por mera compra de votos, o Brasil continuará um país não confiável para os investidores, e o seu povo rebelde a todas as leis que o Parlamento hediondo aprovar.

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Está raiando a maturidade?

No dia 25 de abril de 2019 noticiou-se a proibição de um vídeo do Banco do Brasil, no qual a instituição representa o brasileiro em um caleidoscópio gaiato de narcisistas e anormais amalucados, convidando os jovens a se juntarem ao seu bando de investidores. Essa proibição tem um grande simbolismo, e precisa ser celebrada anualmente pelo povo brasileiro como o primeiro passo institucional − dado por um ato do seu presidente Jair Bolsonaro −, rumo à seriedade e à maturidade que, por séculos, nos tem faltado. Viva o 25 de abril! ‒ disse para mim mesmo.

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O peso dos segredos

“Cada mentira carrega o peso da verdade que esconde, e cada verdade oculta torna – se um segredo. O peso de chumbo dos segredos confunde o pensamento e atormenta a alma. — Se você se sente à beira da loucura ‒ como afirma ‒ é porque esconde pesadíssimos segredos. Você me diz que promoveu um assalto, e também ludibriou muitas pessoas! Procure confessar esses crimes a um espírito superior, a um anacoreta santo; siga seus conselhos, e encontrará o perdão e a paz. Sem isto, viverá um eterno desespero” ‒ escreveu o ancião.

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Maturidade

Em um de seus aspectos − o poder de discriminação −, a Maturidade é a percepção das partes para melhor conhecer o todo; a Imaturidade é tomar uma parte pelo todo.

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Segredo do homem

O pensamento está traçado nas configurações neurais – o dano aos neurônios deforma o pensamento; o sentimento nasce da química dessas mesmas associações – cheirar uma droga, por exemplo, desorganiza o pensamento e desestabiliza os sentimentos do indivíduo. O mistério do homem está nessa transubstanciação de fenômenos físico-químicos em consciência de conceitos, imagens, e discursos, acompanhados de sentimentos como os de tristeza ou alegria – e isto representa um mistério que só Deus conhece.

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Nosso primeiro sentimento

“Perante qualquer coisa que de súbito nos afeta, não somos responsáveis por nosso primeiro sentimento – espontâneo e intuitivo -, mas somos responsáveis por, de imediato, submetê-lo à razão.”

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Pecados gloriosos

“O mundo de Segretti – pensou ele –, era certamente um daqueles enigmas que Deus nos coloca: deixa que o mal se cubra de esplendor!”

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O Homem inacabado

“O homem é um projeto acabado? ou está ainda a ser pensado? ou é um projeto incompleto, descartado e abandonado pelo Criador?”

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Prepotência dos anões

“Tudo que está em um universo infinitamente grande é, necessariamente, infinitamente pequeno. Então, por que o orgulho e a prepotência, se o universo infinito em que estamos nos faz a todos infinitamente pequenos?”

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Napes ou mantos

As famosas placas geológicas são mesmo placas? Não, não são, porque placas são porções rígidas de substâncias, tal como as placas de concreto, placas de bronze, placas de acrílico, de ferro, etc. As “placas” da crosta terrestre são plásticas, dobráveis, suas partes deslizam com velocidades diferentes, e portanto deveriam ser chamadas lençóis, ou capas, mantos, ou seria melhor que conservassem o nome que tinham antes do modismo das “placas”, quando eram conhecidas na geologia com o nome francês de “nappe”, que quer dizer toalha de mesa, que se deixa franzir em dobras.

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O Medo

Assim como os astrônomos materialistas foram surpreendidos por uma revisão nas contas relativas à idade da vida na terra, que mostrava que o tempo necessário para uma evolução a partir de uma célula formada ao acaso seria maior que a idade da própria terra, veio a surpresa dos psiquiatras quando constataram que os doentes que tinham fé se davam melhor nos tratamentos hospitalares que os que não a possuíam. É provável então que haja uma diferença também quanto ao medo, que seria menos paralisante entre as pessoas que confiam em Deus. “Mais e mais, em nossos dias os que eram incrédulos estão descobrindo o poder da fé” afirma o médico de Harvard Edward M. Hallowell, especialista em preocupações e suas consequências como medo, depressão, fobia social, ansiedade generalizada etc. em seu livro “Worry”, (First Ballantine Books, New York, 1998, p. 279).

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A fome de reconhecimento

O homem apareceu na terra como um devorador. As pessoas dirão que estou errado pois não consideram que comer educadamente em um restaurante, por exemplo, seja “estar devorando”. Mas pedir pelo “pão nosso de cada dia”, como na oração que lhe foi ensinada, é confessar-se essencialmente um devorador que quer ser reconhecido entre os vivos onde estiver e a todo momento, pelos valores que assumiu ter. Então se lhe falta esse reconhecimento entra em depressão e fenece como se lhe houvesse faltado o pão.

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O ensinar a ler tornando fácil

Ensinar a ler e escrever é o mais popular dos trabalhos sociais, superando até o da distribuição de sopa aos pobres. Mas ainda está muito longe de ter um resultado visível e deveras importante para o Brasil. O País conta com vários milhões de analfabetos distribuídos por todas as classes sociais em todos os Estados. Ainda é relativamente muito pequeno o número dos cidadãos empenhados em ajudar pessoas a alcançarem mais instrução, a fim de conquistarem mais respeito e integração social, e fazer o Brasil um País melhor. Qualquer pessoa bem instruída pode aprender a dar essa ajuda mas, primeiro, como aconselha Suzana Schwartz, (“Alfabetização de Jovens e Adultos”, Ed. Vozes Ltda, RJ 2010) “é preciso renunciar à simplicidade da visão de que os analfabetos são ignorantes, carentes, ingênuos, incompetentes, preguiçosos. É preciso enxergá-los como geralmente são, sujeitos inteligentes, que desenvolveram estratégias de sobrevivência em uma cultura escrita sem estar adequadamente instrumentalizados para isso, resolvendo problemas, vivendo, trabalhando e amando.” (P. 63).

Para ser aceito pelo analfabeto, geralmente uma pessoa muito humilde, o seu pretendente benfeitor necessita, mais do que ganhar sua confiança, ganhar também sua amizade, e por essa via descobrir o que aquela pessoa já aprendeu com o convívio humano e a vida em diversos ofícios de trabalho, através dos noticiários radiofônicos e televisionados, por viajar, pois é certamente um indivíduo permanentemente interessado em aprender. Essa descoberta da alma do seu aluno o educador precisa realizar, trate-se de uma pessoa ou de um grupo.

Quanto ao método, você não precisa mais que procurar o livro “Pedagogia do Oprimido” de Paulo Freire e, nos trechos divulgados na Internet encontrará exemplos práticos do seu simples e genial método, conectado ao cotidiano dos estudantes e às experiências que eles têm: exemplo, para ensinar a ler e escrever a palavra “tijolo”, projetava a figura de um homem fabricando e utilizando tijolos na construção de uma casa.

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Leitura meditada

Somente de um texto de primordial importância pode ser feita uma Leitura Meditada. É primeiramente o seu valor para um conhecimento específico que motivará a utilização das ferramentas próprias da Leitura Meditada: uma consciência pura, isenta de preconceitos para que possa ser ampla e justa no julgamento do texto como se este fosse abraçado com amor e é um esforço de entendimento sobre o que está escrito. Por isso é um exercício da razão de empenho da inteligência pela busca do verdadeiro significado. A meditação mergulha mais profundamente naquilo que foi lido, ela examina cada detalhe para fazer uma íntima reflexão.

A igreja católica recomenda que a leitura da Bíblia seja feita com a Lectio Divina, que é a Leitura Meditada.

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Bom-senso e Maturidade

É muito clara a diferença entre Bom-senso e Maturidade. No primeiro caso tomamos uma atitude valendo-nos da nossa intuição, e no segundo caso,  – a Maturidade-, utilizamo-nos de um raciocínio firmado em parâmetros específicos das nossas aptidões mentais, que amadurecem normalmente nas pessoas que chamamos maduras e amadurecem mal naquelas cujas atitudes as conduzem a ações desajustadas e desastrosas,  revelando que as suas aptidões mentais se detiveram em estágios inferiores da maturidade mental.

As aptidões mentais que estão somadas na maturidade são: Empatia – que leva ao amor ou ao ódio; Discernimento – que é a aptidão para perceber em qualquer questão qual o seu âmago ou essência, e enxergar nela também o que é secundário; Determinação – que é a aptidão mental que tira o ser da inércia e lhe dá ânimo em cada ação. A pessoa madura mostra ter grande força de determinação; Domínio – outra força da mente que não se reduz a nenhuma outra faculdade. Existir já é em si mesmo um modo de domínio em relação a ter um espaço entre as coisas. 

O filósofo John Locke salientou em seu Tratado (Editora Vozes, RJ, 1994) que o homem é senhor de sua própria pessoa, e de suas coisas, e não está subordinado a ninguém, mas está sujeito à ameaça dos outros. Por conseguinte, o grande e principal fim que leva os homens a se unirem em estados e a se porem sob um governo, é a preservação de seu domínio.

Uma pessoa madura, mostra grande aptidão em controlar sua necessidade de espaço e seu domínio social.

R.Q.Cobra

O carinho faz a diferença!

O psicanalista René Spitz (1887-1974) praticou em Viena, Berlim e Paris em 1932, e em Nova York em 1938. Spitz tornou-se professor na Universidade do Colorado em 1956. Demonstrou que uma criança muito nova necessita afagos físicos reais para sobreviver. 

Escolheu, para suas observações, um impecável Orfanato de freiras para crianças rejeitadas, e o berçário de uma prisão de mulheres. Ao contrário do que era de se esperar, na prisão de mulheres, onde as crianças eram a fascinação das próprias mães encarceradas e de todos os funcionários da unidade prisional, seu desenvolvimento era tão acelerado e sadio que o problema era de como conter as suas manifestações de vitalidade e inteligência, em grande contraste com o Orfanato, organizado e limpo, onde as crianças mostravam um sensível retardamento em seu desenvolvimento mental e progressiva debilidade física. Uma epidemia de sarampo matou 23 das 88 crianças com idade inferior a 2 anos e meio. Das sobreviventes, apenas 2 começaram a falar e aprenderam a caminhar no espaço da pesquisa. Nenhuma aprendeu a comer sozinha e todas eram incontinentes.

Spitz concluiu que era a falta de contacto materno que minava o desenvolvimento das crianças do orfanato: O quadro contrastante dessas duas instituições mostrava a importância da relação mãe e filho para o desenvolvimento da criança durante o seu primeiro ano de vida.

“An Inquiry into the Genesis of Psychiatric Conditions in Early Childhood”. The Psychoanalytic Study of the Child, Vol.1 (1945): 53-74.

R.Q.Cobra

Uma crítica aos Evolucionistas

O físico Stephen Hawking (Doutor em Física Teórica e professor na Universidade de Cambridge) mostra que é mais fácil prever o futuro de alguma coisa que a sua história passada, porque não sabemos de tudo que contribuiu para cria-la como a conhecemos no presente, mas o que conhecemos dela hoje permite predizer seu futuro com maior probabilidade de acerto. Não é crível que de um caos universal tenha resultado um universo organizado ao acaso. Hawking exemplifica com um jogo de quebra-cabeças montado dentro de uma caixa. Se agitamos a caixa e desfazemos o arranjo das peças, criamos um caos e seria muito difícil que a agitação das peças restaurasse o arranjo anterior. Segundo o professor Hawking, o exemplo dado ilustra a Segunda Lei da Termodinâmica (1824), que afirma que os sistemas evoluem para estados mais desordenados. Então o universo não veio de um caos, mas de um projeto.

Palestra de Stephen Hawking na comemoração do 25 aniversário dos Prémios das Asturias, transmitida pela TV em 12 de abril de 2005, assistida e interpretada pelo autor desta nota.

R.Q.Cobra

Elegância no salão do aeroporto

Via-se na área de desembarque, com frequência, alguém com um buquê de flores, esperando a chegada de um voo.

Para os antigos, presentear uma pessoa muito estimada ou muito querida que chegaria de longe seria um prazer que tornaria o encontro inolvidável. Mas hoje é raro ver em meio à multidão alguém carregando um buquê de flores com essa finalidade. Certamente o que antes era comum e não chamava a atenção, hoje é objeto dos viciados em olhares irônicos e a risadinhas constrangedoras, e por isso o hábito de oferecer flores foi acabando. Havia toda classe de lembrancinhas também para as crianças que desembarcavam. Um presentinho que suscitava surpresa e alegria eram os lenços de cambraia que tinham estampado o mapa da cidade que o visitante desejava explorar.

O mesmo acontecia aos que partiam. Comprava-se uma lembrancinha na loja junto ao salão de embarque, e a loja mandava entregar ao passageiro já sentado em seu lugar no avião. A Panair e a Varig, deixaram de voar respectivamente em 1965 e em 2006; empresas que duvido o Brasil volte a ter uma igual.

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Ajuda no currículo

Mais uma sugestão para quem se sentir chamado a ajudar no desenvolvimento das pessoas: a montagem e encaminhamento de currículos! Um currículo bem-feito, legível e compreensível, encaminhado a empresas que trabalham com aliciamento de empregados, ou diretamente a potenciais empregadores, pode ser a diferença para quem necessite uma vaga. Por isso oferecer a alguém de pouco saber ajuda para lançar no papel dados convincentes sobre ela própria e, na entrevista, a falar com desembaraço do desenvolvimento pessoal que ela deseja e espera conseguir através do trabalho é, sem dúvida, algo de grande valor moral. Não se trata de oferecer fórmulas para o próprio interessado fazer o seu currículo; trata-se de trabalhar junto com ele, homem ou mulher, estudando juntos o que ele pode oferecer e o que ele sonha alcançar, e descobrir onde o documento deve ser entregue. Estimule o candidato que está aos seus cuidados a mostrar motivação, entusiasmo e maturidade. Crie uma forte credibilidade acompanhando-o na entrega do currículo. Vendo seu carinho e dedicação à tarefa social que você se propôs, o empregador poderá conceder ao seu candidato um estágio temporário, se não tiver a vaga de imediato. E não peça nada em troca dos seus serviços, ainda que seu candidato possa pagar, para que o valor moral de sua ajuda não se desvaneça e você não passe, afinal, de um esperto comerciante de textos na internet.

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Memórias…

Casado com uma senhora de fina educação, com um casal de filhos, Reeves fez grande empenho em que eu e minha mulher deixássemos o hotel para ficar em sua casa, por ocasião da nossa primeira viagem a Washington. Declinamos do convite e continuamos no hotel, mas aceitamos um jantar em sua casa, e que ele e a esposa nos mostrassem os principais pontos turísticos da cidade. Ao jantar, ele me transmitiu um convide de John Dorr, que havia chefiado a missão americana em Minas Gerais, para participarmos juntos de um almoço no refinado Clube Cosmos, onde mulheres não entravam, motivo de a Sra. Ann Dorr ocupar-se de minha mulher com um pequeno giro de compras pela cidade, enquanto almoçávamos.

Aprendi, desde minhas primeiras experiências, que em qualquer circunstância e a todo momento, e não importa a classe, nem a nacionalidade, as pessoas efetivamente maduras têm um toque natural de comedimento e respeito, uma cortesia espontânea que deixa a lembrança de um conhecimento agradável, cria o prazer em revê-las, e fazem parecer que, apesar de todas as decepções que nos impõe o gênero humano, neste mundo ainda existe gente.

R.Q.Cobra

Orgulho e Ajuda

Não raro a pessoa que quer ajudar o outro é vítima de indiferença e hostilidade. A razão é que a ajuda fere o orgulho do necessitado, que dá uma resposta impensada, automática, vinda do inconsciente, e que atinge o seu pretenso benfeitor e o afasta magoado. Por isso, quem deseja ajudar, precisa descobrir um meio de agir sem deixar que sua intensão seja percebida. Deve evitar perguntas do tipo “Posso ajudar?”, “Quer uma força?”. A ajuda é dada nas oportunidades que se apresentam e que requerem ações rápidas, e cuja emergência dispensa acordo prévio. É também uma coisa natural e esperada entre amigos, espontaneamente.

R.Q.Cobra

A conquista da nobreza pessoal

A pessoa que se sente isolada e preterida, e gostaria de resolver seus problemas de personalidade, ao recorrer a um psicólogo se queixa de que é tímida e antissocial, enrubesce quando é foco de atenções, ou que teme perder o controle de sua vida caso se exponha ao contacto com os outros. Engana a si mesma e pretende enganar o terapeuta, porque lhe falta honestidade e coragem para reconhecer seus vícios de preconceito, orgulho, e principalmente prepotência. Deveria ser corajosa bastante para identificar os momentos em que resvala para suas críticas maldosas, principalmente quando pretende fazer humor às custas do que acha risível nas outras pessoas. Coisas muito simples poderiam mudar sua personalidade, tal como dar um discreto sorriso para aqueles que passam por ela e que habitualmente ela finge não ver; um leve aceno de cabeça para aqueles que nunca cumprimentou por julgá-los inferiores, ou sorrir para uma pessoa antes de começar a falar com ela. Bastam uns poucos dias com esses novos hábitos para que se sinta satisfeita consigo mesma e compreenda que a cordialidade sincera só lhe fará bem, e que, praticando-a, nunca mais se sentirá isolada ou será preterida.

R.Q.Cobra

Nas garras da Inquisição

— Vejamos o processo – disse o Inquisidor. — O réu sabe de que é acusado?

— O réu não faz ideia, Excelência. Disse o Reitor, defensor do acusado. O Reitor conhecia a prática usual dos tribunais católicos: recorriam a testemunhas desonestas, e às torturas, para obrigar os réus a confessarem culpas que desconheciam ter. Porém o Inquisidor de Toulouse quebrou essa regra, e revelou:

— No processo, o Arcipreste diz ter ordenado uma busca nos aposentos do réu, e encontrou anotações para uma tese que diz respeito a “um aspecto particular da Eucaristia e não à sua essência”; algo que Ela significa a mais de tudo que já foi dito a seu respeito”: “Não fosse por continuar presente entre os homens na Eucaristia, Cristo seria apenas uma figura histórica como Moisés”.

O Reitor, tenso, suava muito. Francisco não lhe havia falado dessa tese; guardava segredo e certamente não sabia que fora espionado.

— Até esse ponto, não encontro nenhum desvio da doutrina, disse o Inquisidor, para alívio do Reitor. — Mas o que se segue está errado.

O Reitor voltou a alarmar-se.

— O réu diz em suas notas: “Havia uma necessidade inescapável de que a Eucaristia fosse instituída, para que Cristo se tornasse atemporal, não sujeito ao tempo, preso a uma época, porque esta intemporalidade era uma exigência da sua divindade. Sua presença permanente entre os homens, no entanto, não poderia ser ostensiva, visível, o que tornaria a fé dispensável. A Eucaristia era a solução para essa necessidade.”

O Inquisidor indagou curioso:

— Por que uma “necessidade”? Isto é um desacerto. A instituição da Eucaristia foi antes de tudo um ato de amor aos homens. Considerá-la obrigatória ou necessária como pensa o réu eliminaria seu caráter de ato de amor e humildade do Filho de Deus.

Com certo ar de enfado, o Inquisidor deu sua apreciação final:

— Na verdade o que esse jovem diz não fere nenhum artigo de fé. Além do mais, este tribunal tem seguido a linha de apenas examinar opiniões dos hereges que forem publicadas em livros e jornais. Não precisamos arrancar as unhas dos acusados para extrair-lhes confissões, como fazem os tribunais do Santo Ofício de Portugal e da Espanha, se as suas tolices já estão publicadas. Nem o Arcipreste, nem o Arcebispo de Toulon me enviaram uma publicação com uma heresia de autoria do réu.

Fechando a pasta de couro do processo, concluiu:
— Venha amanhã procurar com meu secretário a certidão de sua inocência. Considero o caso encerrado.

R.Q.Cobra

Justiça no Brasil

Quando interpõe um recurso contra uma decisão penal, o defensor do réu lista os erros e omissões do juiz, revelando a ignorância e culpa do magistrado quanto às falhas do processo. Isto significa a negação do mérito do juiz pela mesma pessoa que o chama “Meritíssimo”.

A situação é confusa porque – Primeiro – presume-se que um juiz esteja capacitado a julgar, e que sua decisão será acatada. – Segundo – também são necessários os recursos, não importa quantos nem em quantas categorias, e – Terceiro – é irracional que um criminoso, sabida e confessadamente culpado, continue solto anos a fio, enquanto passa de um recurso a outro, até que a ação contra ele seja prescrita.

 A solução, já proposta por muitos, que contemplaria esses três aspectos (salvar o juiz da desonra implícita no recurso, tirar o criminoso da rua, e preservar o direito que este tem de recorrer da pena recebida) seria permitir o recurso somente após obedecida a sentença do juiz. O julgamento das apelações seria rápido se o réu já estivesse preso. Ele poderia ser solto e indenizado, se vítima de erro judiciário.

Porém o interesse de poderosos defensores é diametralmente oposto a essa solução. Eles querem o seu cliente livre, sem um único dia de prisão, e para isso valem-se da torrente de recursos ao seu dispor. Por sua vez, muitos juízes assumem de público a ignorância e a incompetência que o recorrente tenta lhes atribuir, incluindo, eles próprios, ao final de suas sentenças barrocas, que o réu “pode recorrer em liberdade”!

A morosidade dos Recursos, as penas leves, a inimputabilidade infantil estendida a marmanjos de 18 anos e a impunidade geral decorrente, fazem da Justiça a coisa problemática que ela é em nosso País.

03/11/2023

R.Q.Cobra

Credo de fé e paixão

Em meu conto “O cão de Siegfild”, a personagem central afirma que a Ave Maria era um verdadeiro credo, por conter alguns dos mais fundamentais dogmas do cristianismo. Em sua primeira parte, essa oração repete as palavras ditas pelo arcanjo Gabriel a Maria. Ao recitá-la, o fiel está afirmando sua crença em Maria de Nazaré como mãe de Cristo Jesus, e no próprio Cristo como Deus. Quem a pronunciava com amor estava declarando a sua fé.

Embora essas palavras constassem de muitos livros, leituras e sermões da Igreja desde os primórdios do Cristianismo, elas não constituíam orações. Consta de várias publicações que a autora desse pequeno credo foi Santa Matilde de Hackeborn, uma irmã beneditina que viveu entre 1240 e 1298.

A paixão que está nas palavras do arcanjo Gabriel e de Santa Isabel, comove os que as recitam e faz do sentimento de amor algo que se torna imanente à oração. Essa emoção foi a propulsora da difusão da Ave Maria em todo o mundo.

Séculos mais tarde, ao ser promulgado o Catecismo oficial do Concílio de Trento (informa a Gaudium press, 02-09-2023), estabeleceu-se o complemento:  “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”.

16/11/2023

R.Q.Cobra

Vinhos

A questão do vinho fascina alguns e intimida outros. você vai descobrir que existe muita informação a respeito – tanta, de fato, que poderá ficar perdido. O segredo naturalmente é não se deixar intimidar por aqueles que conhecem mais, e compreender que há realmente apenas algumas poucas regras sobre escolher e servir vinhos.

Craig Claiborne, em seu livro clássico “New York Times cookbook” (O livro de culinária do New York Times), coloca muito bem: “por algum motivo obscuro alguns especialistas parecem inclinados a fazer do ato de beber vinho um ritual mais complicado do que um jogo de xadrez. Eles conseguiram inibir uma grande parte do público, e privá-los de um dos maiores prazeres conhecidos do homem.” Você só precisa aprender o básico, quanto ao modo adequado de selecionar, guardar e servir um vinho.

Embora sejam poucos aqueles que mantém uma grande adega, as pessoas têm se tornado cada vez mais interessadas no vinho. Há hoje uma grande variedade de vinhos produzidos em diversos países, a preços módicos.  Mas, naturalmente os grandes vinhos continuam vindo da França, da Itália e da Alemanha, e o xerez espanhol ainda está entre os melhores, e também se importam bons vinhos de Portugal, Chile e Austrália.

Pretendo postar aqui a seguir, outras notas breves, mas se você desejar saber mais sobre como o vinho é produzido e rotulado, quais são especificamente os melhores vinhos de cada país e como organizar sua adega, seria bom ler livros especializados sobre esses temas.

30/11/2023

R.Q.Cobra

Tipos de Vinho

O melhor meio de descobrir quais são os vinhos de que você gosta, é experimentá-los e tomar nota. Não tenha medo de cometer erros. Se a escolha não for boa, aproveite o vinho, sempre haverá oportunidade de usar a bebida numa receita culinária.

Vinhos aperitivos – Entre os vinhos servidos antes da refeição estão: vermute, Campari, Dubonnet, Lillet e xerez. O verdadeiro xerez é produzido na Espanha e também na Australia, Chipre, Inglaterra, California e Nova York. Os quatro tipos de xerez são: fino (claro, ligeiramente dourado e muito seco); manzanilla (leve e ácido); amontillado (mais escuro e não tão seco); e oloroso (geralmente doce como o xerez cremoso).

São as recomendações da Mestra de Etiqueta Amy Vanderbilt. Porém, estes aperitivos, devido à atual situação econômica do Brasil, podem estar escassos em nossos supermercados.

01/12/2013

R.Q.Cobra

Vinhos Brancos

Prosseguindo com a nossa nota sobre os melhores vinhos, tomo mais algumas indicações da Mestra de Boas Maneira e Etiqueta Amy Vanderbilt: Os vinhos brancos franceses incluem Chablis, Macon Blanc, Meursault, Pouilly Fuissé, Pouilly Fumé, Riesling e Graves. Pode-se citar entre os brancos americanos Chenin Blanc, Pinot Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, White Zinfandel. Quanto aos italianos, são conhecidos Soave, Verdicchio, Orvieto e Pinot Grigio. Entre os brancos alemães estão Rhein, Liebfraumilch e Mosel. Os vinhos brancos seco são geralmente servidos antes do jantar, na hora dos coquetéis e com comidas mais leves, como peixe, frango e vitela.

Uma palavra sobre o Chablis, como os franceses não tomaram as medidas necessárias para proteger o uso do nome, com o tempo ele se tornou um termo geral para muitos vinhos comuns em outros países. Entretanto, o Chablis francês continua entre os melhores vinhos e é classificado desde Petit Chablis (comum) ao Chablis Grand Cru, o mais caro. Em Chablis (comuna francesa) há apenas sete vinhas que estão classificadas para usar a designação “Chablis Grand Cru”.

Essas recomendações, porém, podem estar escassas em nossos supermercados devido a situação econômica no Brasil.

04/12/2023

R.Q.Cobra

Vinhos Tintos

Vinhos tintos franceses: Beaujolais, Borgonha (como Nuits St. George, Pommard e Volnay), Bordeaux (como Graves, Médoc, Pomerol e St. Emilion), Vale do Rhône.

Tintos americanos: Merlot, Pinot Noir, Zinfandel, Cabernet Sauvignon. Você pode encontrar um vinho chamado Beaujolais Nouveau. Esse nome refere-se a um vinho tinto leve, oficialmente liberado para consumo a cada 15 de novembro. O novo Beaujolais comum pode ser guardado durante dois anos.

Italianos: Chianti, Bardolino, Valpolicella e Barolo. O vinho tinto mais popular da Espanha é o Rioja.

Os vinhos tintos são tradicionalmente servidos com carne e queijos. O rosé é uma variedade mais leve do vinho tinto. Embora não seja considerado como um grande vinho, é geralmente muito bom e pode ser servido com comidas leves. Entre os melhores rosés estão Tavel, da França e Londres, e Mateus de Portugal.

Estas são recomendações da Mestra de Boas Maneira e Etiqueta Amy Vanderbilt, mas, podem estar ausentes em nossos supermercados devido à atual situação econômica no Brasil.

05/12/2023

R.Q.Cobra

Vinhos Espumantes

Encabeçando o grupo, vem o champanhe. A palavra oficialmente refere-se ao vinho branco espumante feito de uvas cultivadas na província francesa de Champagne. É uma mistura de uvas pretas Pinot Noir e das brancas Chardonnay. Outros vinhos espumantes são Borgonha espumante, rosé espumante e Asti spumante. O último da Itália, é doce demais para acompanhar o prato principal, mas pode ser servido com a sobremesa ou depois do jantar. O champanhe pode acompanhar todos os pratos da refeição –  para quem  não se importar com o seu custo.

Os champanhes são classificados por sua secura: brut é o mais seco, o extra-seco é menos seco que o primeiro, sec é mais doce e demi-sec é o mais doce de todos. O champanhe de vindima (vintage), feito com a melhor safra de uvas do ano, é mais caro que o que não é de vindima.

Entre as principais marcas de champanhe estão Bollinger, Charbaut, Piper Heidseick, Deutz, Heriont, Krug, Lanson, Laurent-Perrier, Moet Chandon, Mumm, Perrier-Jouet, Pol Roger, Pommery, Roederer, Ruinart Père & Fils, Taittinger e Veuve Clicquot. Uma boa escolha por seu preço médio é o Korbel.

Vários outros espumantes são feitos pelo método Charmat (totalmente diferente do método chapenoase) e não podem ser chamados de champagne.

07/12/2023

R.Q.Cobra

A imprudência de Lula

Lula poderia continuar a usufruir de sua popularidade entre os brasileiros, fazendo propaganda do que faz pelos pobres, sem mostrar sua imensa paixão pelo comunismo. Disse ele: “Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez na história desse país, nós conseguimos colocar na Suprema Corte desse país um ministro comunista, um companheiro da qualidade do Flávio Dino.” (Disc. na 4ª Conferência Nacional da Juventude em Brasília, 14/12/2023).

Com essa sua intempestiva demonstração de júbilo, agora deixa claro que tem apego a um credo político desastroso que, se implantado no Brasil, poderá desgraçar o país como desgraçou todos os países onde vigorou, levando as populações à miséria enquanto não foi substituído por uma ditadura vermelha cujo símbolo triunfante é o fuzil.

19/12/2023

R.Q.Cobra

Não dê as costas à Luz que ilumina o caminho! Ela brilhará mostrando a senda a percorrer para o encontro com Cristo. É a mesma Luz que conduziu os três Reis Magos à gruta. Guiados por ela encontraremos as virtudes que nos enobrecerão, e o amor que nos aquecerá. Teremos um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz e rico em graças de Deus.

22/12/2023

R.Q.Cobra

A história se repete?

Na década de 50 a imprensa mundial ocupou-se repetidas vezes da crise político-religiosa da Polonia, então dominada por Stalin, ditador russo. Os comunistas sob seu comando, empenhavam-se em destruir a Igreja Católica Polonesa, obrigada por eles a escolher entre o silencio e o cárcere, ou permitir que fossem colocados nos sermões dos seus sacerdotes frases de exaltação ao comunismo. O cardeal Wyszynski, primaz da Polonia, protestou contra a utilização da igreja como veículo de propaganda para o partido comunista.

Vimos algo semelhante na cerimônia do Natal no Santuário de Aparecida. No meio da transmissão da missa celebrada pelo cardeal Dom Orlando Brandes (um homem respeitado em todos os meios pela sua firmeza, inteligência e erudição), houve uma interrupção obrigatória ordenada pelo governo, para que o presidente Lula falasse do que planejava fazer para o engrandecimento imediato do Brasil. Essa interrupção abruta e indevida, vista pelos que assistiam a transmissão da cerimônia através da internet, gerou visível indignação nos que participavam da missa solene. O lamentável episódio foi, sem dúvida, um choque e uma advertência sobre o que poderá acontecer no Brasil, se o comunismo avançar, e os católicos não se fizerem firmes e fiéis a sua fé.

28/12/2023

R.Q.Cobra

A atemporalidade de Cristo

Concebe-se Deus como atemporal e essa atemporalidade está também em Cristo, enquanto Deus feito homem.  A Eucaristia, pode ser compreendida como solução que cria essa atemporalidade, um pensamento que significa mais de tudo que foi dito a seu respeito. Ao instituir a Eucaristia, Cristo permanece entre os homens, e se torna atemporal, não sujeito ao tempo e preso a uma época porque esta atemporalidade é uma exigência de sua divindade. Não fosse por continuar presente entre os homens, Cristo seria apenas uma figura histórica como Moisés.

A instituição da Eucaristia, foi, ainda, principalmente um ato de amor aos homens. Considera-la obrigatória ou necessária, eliminaria seu caráter de ato de humildade e amor do Filho de Deus.

No entanto, a presença permanente de Cristo entre os homens não poderia ser ostensiva, visível, o que tornaria a fé dispensável. A Eucaristia se mostra a solução também para essa necessidade.

29/12/2013

R.Q.Cobra

A montanha de Sísifo

Por mais que queiramos conviver harmoniosa e cortesmente com os nossos amigos comunistas – pois afinal buscamos nós e eles a mesma coisa: produzir a riqueza econômica que trará felicidade e bem-estar para todos – nunca acertamos os passos. A atitude hostil no momento veio de um comunista jovem gritar, irado e raivoso, que o piedoso e santo padre Júlio Lancellotti deveria ser objeto da investigação de uma CPI. O sacerdote recebe ajuda financeira para manter o café e a sopa que oferece a milhares de moradores de rua, e não presta conta de seus gastos às autoridades públicas; presta conta aos particulares liberais que o ajudam com o dinheiro.

Padre Lancellotti é conhecido pela sua defesa dos direitos humanos e da ajuda aos moradores de rua, e pertence à pastoral do povo da rua da Arquidiocese de São Paulo. Seu trabalho é muito conhecido e muito elogiado. Nascido em São Paulo, em 1948, filho de Wilma Ferrari Lancellotti e Milton Fagundes Lancellotti. Com sua mãe, aprendeu as primeiras letras.

09/01/2024

Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 19-02-2019 e atualizada por último em 29-12-2023.

Direitos reservados.
Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Esparsos. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2023.