Colégio de Boissy

Hoje: 29-03-2024

Página escrita por Rubem Queiroz Cobra
Site original: www.cobra.pages.nom.br

Como já visto em páginas anteriores (Colégios e Universidades), os colégios historicamente ligados à Universidade de Paris eram, em geral, construídos e mantidos por pessoas ricas, da nobreza e do clero, para abrigar estudantes pobres de suas cidades ou províncias, que iam estudar em Paris. O caso do Colégio de Boissy me parece o mais interessante, na história desses colégios. Ele tinha exclusividade, concedida pelo Rei, para ser destinado em primeiro lugar aos descendentes pobres da família de seu fundador, o cônego Godofredo de Boissy que, ao falecer, deixou aos seus testamenteiros decidirem o que fazer com sua fortuna, desde que beneficiassem os pobres.

Os dois sobrinhos que receberam essa incumbência, Maître Etienne Chartier, sobrinho por parte de um irmão, e o Cônego de Laon e secretário do Rei, Etiene Vidé de Boissy, sobrinho por parte de uma irmã do falecido, decidiram aplicar a fortuna deixada pelo tio na construção do colégio para manutenção de estudantes pobres da família, em lugar de entregá-lo diretamente aos pobres.

O privilégio de exclusividade dava grande prestígio ao bolsista do colégio de Boissy – localizado na rua do Cemitério de Santo André-das-Artes (também chamada “dos Arcos”), depois Rua do abade Suger. Sua fundação deu-se no ano 1358, três ou quatro anos após a morte do cônego, e os seus  edifícios destruídos nos anos da Revolução.

Os alunos por muitos anos foram apenas os descendentes da família do fundador, obedecendo aos registros genealógicos oficiais dessa descendência, entre eles os Mefgrigny, Mole-Champlaílreux, Monchy-Hoquincourt, Longueil-Houses, Montholon de Bellefouriére Soyecourt, Le Doux de Melleville, Le Fevre-de Bragelongne Ormesson, etc.

Rubem Queiroz Cobra

Página lançada em 07-03-2011.

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Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. – Colégio de Boissy. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 2011.